Diversos jornalistas e representantes da oposição, incluindo o antigo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, atual líder da Plataforma cívica, dirigiram-se aos manifestantes, em nome da defesa da liberdade de informação.
Foram ainda registados protestos em diversas regiões do país.
A lei, apresentada pelo partido da direita nacionalista Direito e Justiça (PiS), no poder, foi votada na sexta-feira pelo parlamento no decurso de uma votação surpresa.
A lei impede que as empresas não pertencentes ao Espaço Económico Europeu de deterem uma posição maioritária nas empresas de 'media' polacas.
Esta nova legislação forçará, designadamente, o grupo norte-americano Discovery a vender a sua posição na TVN, uma das maiores redes de televisão privadas da Polónia. A TVN24 transmite sem interrupção e é considerada crítica face aos conservadores no poder.
Por sua vez, o Governo afirma que a lei protegerá a paisagem mediática polaca contra atores potencialmente hostis, como a Rússia.
Os Estados Unidos já manifestaram "extrema desilusão" e pressionaram o Presidente Andrzej Duda a aplicar o seu veto à nova lei.
O PiS controla a televisão pública TVP e parte considerável da imprensa regional.
Desde a chegada ao poder deste partido em 2015, a Polónia recuou 46 lugares na classificação sobre liberdade de imprensa elaborada pela ONG Repórteres sem Fronteiras, ocupando atualmente a 64.ª posição.
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