"Se olharmos para a Ómicron, o que sabemos é que está a espalhar-se muito rapidamente. Atualmente temos 104 hospitalizações [de pessoas] com Ómicron, tivemos 12 mortes. Mas há um intervalo de tempo em termos de dados, por isso não sabemos realmente a gravidade", disse Raab à Rádio Times.
"A única coisa que sabemos é que quem recebe a vacina de reforço tem mais de 70% de proteção efetiva", acrescentou, justificando a aceleração da campanha de vacinação de reforço decidida pelo Governo.
Quase metade das pessoas com mais de 12 anos recebeu uma terceira dose da vacina contra a covid-19 no Reino Unido, que tem registado um aumento acentuado no número de casos (82.886 registados no domingo) devido à variante Omicron.
O país é um dos mais afetados pela pandemia na Europa, com mais de 147.000 mortos.
Perante esta situação, o primeiro-ministro, Boris Johnson, introduziu novas medidas de contenção, incluindo o uso de máscara em espaços públicos fechados, exceto em bares e restaurantes, e a introdução de passes sanitários para entrar em discotecas, espetáculos e grandes eventos.
Mas um número considerável de deputados do Partido Conservador opõe-se a estas novas medidas por limitarem as liberdades individuais, tendo o secretário de Estado para as relações europeias David Frost apresentado a demissão no sábado.
Cientistas britânicos têm defendido a necessidade de mais medidas para desacelerar a multiplicação de casos que arriscam sobrecarregar os serviços de saúde, além de estarem a ter já efeito na falta de polícias, bombeiros e profissionais de saúde em isolamento.
Porém, alguns dos ministros querem esperar por mais informação antes de introduzir mais restrições, às quais se opõem cerca de um terço deles, incluindo o ministro das Finanças, Rishi Sunak, de acordo com o jornal The Times.
Apesar da situação, Dominic Raab considerou que o país terá "um Natal muito melhor do que no ano passado por causa do nível de vacinação, tanto o nível geral de vacinação, mas particularmente o impacto da campanha de [vacinas de] reforço".
No entanto, no domingo, o ministro da Saúde, Sajid Javid, não descartou a introdução de novas regras até o Natal, explicando que não há "nada garantido nesta pandemia".
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