"Esta plataforma visa garantir a segurança e qualidade dos laudos de testagem da SARS-CoV-2 no nosso continente", disse o ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago, durante o lançamento da plataforma "Trusted Travel" no país, na quinta-feira, em Maputo.
Segundo o governante, a plataforma, desenvolvida pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), vai contribuir para o combate a falsificação de cartões e testes e disponibilizar informações sobre o histórico de vacinação e testes realizados.
"Esta plataforma facilita não só o movimento e as trocas comerciais no nosso continente, mas também nos liga de forma segura a África e ao mundo", referiu Armindo Tiago.
Com a adesão de Moçambique, sobe para 14 o número de países africanos que usam a plataforma, referiram as autoridades de Saúde.
A plataforma conjunta dos governos africanos, lançada em outubro, fornece aos viajantes em África informações sobre os requisitos que terão de enfrentar para se deslocarem a diferentes países do continente, além de oferecer ligações a laboratórios onde os viajantes poderão obter os resultados dos testes à covid-19.
De acordo com os últimos dados das autoridades de saúde moçambicanas, 8,4 milhões de pessoas foram imunizadas com pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus no país, das quais 5,8% estão completamente vacinadas.
Moçambique espera vacinar 17 milhões de pessoas até final de 2022.
Na segunda-feira, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, alertou para a "evolução gigantesca e preocupante" da taxa de positividade semanal no país, que subiu de 0,4% para 24,5% nas últimas quatro semanas e referiu que mediante a evolução dos dados poderão ser tomadas "medidas mais drásticas".
O país tem um total acumulado 1.961 óbitos e 167.307 casos, dos quais 151.241 recuperados.
A covid-19 provocou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
Leia Também: Moçambique espera ter mais 100 médicos formados em Cuba até 2024