Desmond Tutu. Onze frases marcantes do arcebispo e Nobel da Paz
Seleção de frases de Desmond Tutu, arcebispo emérito sul-africano e Prémio Nobel da Paz de 1984 pelo seu ativismo contra o regime de segregação racista do 'apartheid, morreu hoje aos 90 anos.
© Getty Images
Mundo Desmond Tutu
"Sê simpático para os brancos, eles precisam de ti para redescobrir a sua humanidade".
Outubro de 1984, durante os piores momentos do 'apartheid'
"Esta é a história de um zambiano e de um sul-africano. O zambiano elogia o seu ministro da Marinha. O da África do Sul pergunta: 'Mas não tem marinha, não tem acesso ao mar, como pode ter um Ministério da Marinha?' E o zambiano replicou: 'E vocês na África do Sul têm um Ministério da Justiça, não têm?"
Discurso do Prémio Nobel, 11 de dezembro de 1984
"Por amor de Deus, será que eles vão ouvir, será que os brancos vão ouvir o que estamos a tentar dizer? Por favor, a única coisa que lhe pedimos é que reconheça que também somos humanos. Quando nos esfolam, sangramos, quando nos fazem cócegas, rimos."
Discurso em que apela a sanções contra a África do Sul, janeiro de 1985
"O seu presidente é um desastre no que diz respeito aos negros. Estou muito zangado. O Ocidente pode ir para o inferno. Os sindicatos negros estão a pedir sanções. Mais de 70% da nossa população, como demonstram duas sondagens, querem sanções. Mas não, o Presidente Reagan é que sabe. Vamos sofrer. Ele está ali parado como o grande líder branco à moda antiga a dizer-nos que nós, negros, não sabemos o que é bom para nós. O homem branco sabe."
Declarações a jornalistas norte-americanos depois de o Presidente Ronald Reagan se recusar a impor sanções ao regime do apartheid, julho de 1986
"Agradeço profundamente a Deus por ter criado o Dalai Lama. Pensa seriamente, como algumas pessoas disseram, que Deus está a pensar: 'Ok, este tipo, o Dalai Lama, ele não é mau. Que pena que ele não seja cristão"? Penso que não, porque, sabe, Deus não é cristão."
Junho de 2006, em Bruxelas
- Ele transformou-se em algo bastante implausível. Uma espécie de Frankenstein para o seu povo".
(Sobre o Presidente Robert Mugabe do Zimbabué - Junho de 2008)
"Um dia, em São Francisco, eu estava sentado em silêncio no meu canto, quando uma mulher me abordou. Visivelmente emocionada, cumprimentou-me com um 'Olá, Arcebispo Mandela'".
Outubro de 2008
"O nosso governo que me representa - quem me representa? - disse que não iria apoiar os tibetanos que estão a ser brutalmente oprimidos pelos chineses. Aviso-vos, aviso-vos que vamos rezar como rezámos pela queda do regime do 'apartheid´, vamos rezar pela queda de um governo que não nos representa."
Conferência de imprensa após o governo sul-africano ter recusado um visto ao Dalai Lama para assistir ao 80.º aniversário de Tutu, outubro de 2011
"Não venenarei um Deus homofóbico (...) recusarei ir para um paraíso homofóbico. Não, eu pediria desculpa, eu preferia ir para o outro lado. Estou tão envolvido nesta campanha como estava contra o 'apartheid'."
Julho de 2013
"Tinha algumas fragilidades? É claro. E entre elas estava esta lealdade inabalável a essa organização (o ANC) e a alguns colegas que acabaram por o desiludir. Ele manteve ministros incompetentes, francamente incompetentes no seu governo. Mas penso que ele era um santo, porque inspirou poderosamente outros."
No comentário à morte de Nelson Mandela, 06 de dezembro de 2013
"As pessoas moribundas têm controlo sobre a sua vida, então porque lhes deve ser negado o controlo sobre as suas mortes"?
Outubro 2016
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