A Farmácia Lavapiés, no centro da capital espanhola, destaca-se por doar testes antigénio a quem não tem visto de residência ou não os pode pagar.
Os testes grátis da Comunidade de Madrid são raros no estabelecimento, cerca de “30 ou 40”, que “esgotam numa questão de minutos”, diz a farmacêutica María Esteban, em declarações ao jornal El País.
“Para mim, a saúde pública universal deve atender a todos, independente de onde uma pessoa venha ou de onde vá. Se trabalhou ou se não trabalhou. Se o seu pai é bengali ou se é senegalês. É o meu dever como profissional de saúde”, assegura.
O sistema é simples: quem esteja abrangido pelo sistema de saúde pode doar o seu teste. Se alguém não tiver possibilidade de acesso ao teste gratuito, a farmácia dá um dos anteriormente cedidos.
“Conhecemos muito bem as pessoas do bairro, e sabemos quem é que realmente precisa”, complementa a farmacêutica.
Devido à escassez atual, María Esteban não consegue precisar quantos testes já foram doados, mas espera que, resolvido o problema, cheguem a números semelhantes aos das 1.500 máscaras da autarquia já doadas.
Além disso, a farmácia conta também com cheques de cinco euros destinados a quem está ‘de fora do sistema’, os mais prejudicados pela pandemia.
A isto acresce a barreira do idioma, que o estabelecimento procura contornar através de vídeos de instruções em diversas línguas, publicados nas redes sociais.
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