Segundo a listagem, que foi enviada à ONU e à Organização de Estados Americanos para certificação, 112 dos detidos por motivos políticos são civis e os restantes 132 militares.
"Desde 2014, registaram-se 15.750 detenções políticas na Venezuela. O Fórum Penal prestou assistência gratuita a mais de 12.000 detidos, hoje libertados, e a outras vítimas de violações dos direitos humanos", explica a ONG na sua conta do Twitter.
Segundo o FPV, "para além dos presos políticos, mais de 9.000 pessoas continuam ainda submetidas arbitrariamente a medidas restritivas da sua liberdade".
Por outro lado, a ONG chama a atenção e pede aos venezuelanos "que não esqueçam" que em 29 de junho de 2019 faleceu "em custódia do Estado", vítima de alegadas torturas, o capitão de corveta Rafael Acosta Arévalo.
"O seu corpo apresentava fraturas no septo nasal, costelas, pé, assim como hematomas nas coxas e escoriações nos cotovelos", explica o FPV.
A ONG lembra ainda que em 29 de agosto faleceu também "sob custódia do Estado, por falta de atenção médica" o polícia das Forças de Ações Especiais (FAES) Gabriel Medina.
"Estava doente e o tribunal não deu ordem para que fosse levado a um centro de saúde. Faleceu de uma paragem respiratória no dia em que finalmente o transportaram", explica a ONG.
O FPV diz ainda que há 4 anos e 7 meses foi assassinado, a tiros, o estudante David César Pereira Villegas, quando participava num protesto em Anzoátegui (leste de Caracas).
"Não há que fazer justiça pelas próprias mãos, mas está nas nossas mãos que se faça justiça", afirmou o diretor do FPV, Alfredo Romero.
Leia Também: Venezuela. ONG registou mais de 11 mil mortes violentas em 2021