Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública angolano, Franco Mufinda, citado hoje pela Rádio Nacional de Angola, os pais e encarregados de educação "devem continuar a mobilizar" os educandos para aderirem à campanha.
A campanha de vacinação a menores em Angola teve início em 16 de dezembro de 2021 e agora regista uma grande adesão após as autoridades anunciarem a obrigatoriedade do cartão ou certificado no retorno das aulas no ensino geral.
A Moderna e Pfizer são as vacinas autorizadas pela direção nacional de Saúde Pública de Angola e que estão a ser administradas às crianças e adolescentes nesta campanha.
As aulas em Angola estão suspensas até 16 de janeiro de 2022, no âmbito da vigência do decreto presidencial 316/21 de 31 de dezembro sobre a situação de calamidade pública, visando conter a propagação da covid-19 no país.
Franco Mufinda, que na terça-feira visitou alguns postos de vacinação do município do Cazenga, em Luanda, apelou os pais e encarregados a mobilizarem os filhos, observando que estes poderão enfrentar barreiras no reinício das aulas caso não forem imunizados.
"Por altura, além dos PVAR (Postos de Vacinação de Alto Rendimento) agregamos também as escolas como locais de vacinação de menores, tal como está acontecer no Cazenga, e em relação às crianças quem não assim o fizer terá barreiras no acesso, sobretudo no reinício do ano letivo", referiu o governante.
O ano escolar em Angola tinha o seu reinício agendado para segunda-feira, 03 de janeiro de 2022, mas devido ao elevado número de casos da covid-19, sobretudo da variante Ómicron, registados diariamente as autoridades suspenderam o seu recomeço.
As aulas presenciais, em todos os estabelecimentos de ensino público e privado do país, ficam suspensas até ao dia 16 de janeiro de 2022, estando o seu reinício sujeito à avaliação da situação epidemiológica da covid-19.
Angola, que há quase dois anos vive situação de calamidade pública, totaliza 84.666 casos positivos da covid-19, 65.285 recuperados, 1.778 óbitos e 17.603 ativos.
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