Uganda reabre escolas quase dois anos depois de terem sido encerradas
O Uganda reabriu hoje as escolas, pondo fim a um dos maiores períodos de encerramento de escolas do mundo causado pela pandemia de covid-19, com os alunos há quase dois anos sem aulas presenciais, anunciou o Governo.
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Mundo Covid-19:
Cerca de 15 milhões de alunos das escolas primárias e secundárias já não iam à escola desde março de 2020, altura em que todos os estabelecimentos de ensino do país foram encerrados para conter a propagação da pandemia.
"Mais de 73% dos professores já foram vacinados", contra a covid-19, com uma primeira dose, disse o porta-voz do Ministério da Educação, Denis Mugimba, numa conferência de imprensa em Kampala, na sexta-feira.
As autoridades já tinham permitido que as universidades e outras instituições de ensino superior reabrissem em setembro último.
"Haverá coordenação com o Ministério da Saúde para assegurar que todos os estudantes com 18 ou mais anos sejam vacinados", acrescentou Mugimba.
As autoridades alertaram que qualquer escola pública que exija propinas acima das taxas anteriores à pandemia será punida com uma penalização.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) congratulou-se hoje com o reinício das aulas naquele país africano.
"O Governo do Uganda, com o apoio de parceiros como a Unicef, assegurará que, à medida que as escolas reabrem, todos nas escolas estejam seguros", assegurou o gabinete daquela agência da ONU no Uganda na sua conta na rede social Twitter, adianta a agência de notícias espanhola EFE.
O deputado ugandês Michael Kakembo também saudou o regresso das crianças às salas de aula.
"Hoje os nossos filhos estão de volta à escola, após o mais longo encerramento escolar do mundo. Apesar dos desafios, temos de ter confiança nos sistemas em vigor, para garantir a sua educação", disse Kakembo no Twitter.
Até à data, o Uganda, que tem uma das populações mais jovens do mundo, registou cerca de 154.000 casos de covid-19, dos quais mais de 3.330 resultaram em mortes.
A covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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