ONU critica uso de capacetes azuis por militares cazaques em motins

O uso de capacetes azuis por parte dos militares do Cazaquistão, durante os motins em Almaty foi criticado, na segunda-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU), o que provocou uma reação embaraçada dos diplomatas deste país.

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© Alexandr Kuznetsov/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
11/01/2022 07:38 ‧ 11/01/2022 por Lusa

Mundo

Cazaquistão

"Transmitimos as nossas preocupações à missão permanente do Cazaquistão diretamente sobre este assunto, e recebemos da sua parte a garantia que esta questão tinha sido resolvida", afirmou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, durante a sua conferência de imprensa diária.

"Todos os países contribuintes de tropas e polícias para a ONU só devem usar as insígnias da ONU quando cumprem as tarefas que lhe são confiadas, enquanto soldados da paz da ONU, no quadro do seu destacamento no seio de uma operação de manutenção de paz da ONU, como mandatado pelo Conselho de Segurança", lembrou.

Em comunicado divulgado através da rede social Twitter, pelo embaixador do Cazaquistão na ONU, Magzhan Ilyassov, a missão diplomática deste país confirmou o uso d capacetes azuis pelos militares recentemente em Almaty, como ilustrado por várias fotos divulgadas nas redes sociais.

"Durante os violentos conflitos em Almaty, a unidade de manutenção de paz do Ministério da Defesa do Cazaquistão (Kazbat) foi colocada em estado de alerta para ajudar a proteger as infraestruturas estratégicas da cidade contra os terroristas e os extremistas", afirmou o comunicado.

"Com exceção dos capacetes (azuis) usados no quadro do equipamento oficial dos soldados da paz locais durante a forte ameaça, nenhum equipamento marcado 'ONU' foi utilizado", acrescentou-se no comunicado.

"Todas as medidas necessárias foram tomadas para impedir a utilização de qualquer equipamento com a inscrição 'ONU' nas operações de lura contra o terrorismo em Almaty", garantiu também a missão diplomática cazaque no seu texto.

Leia Também: Tropas lideradas por Moscovo abandonam Cazaquistão dentro de dois dias

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