General e coronel do exército egício morrem em confronto
Um general e um coronel do Exército egípcio e seis militantes islamitas morreram hoje em novos combates a norte do Cairo, alimentando a espiral de violência subsequente à destituição militar do Presidente Mohamed Morsi.
© Reuters
Mundo Islão
Ao mesmo tempo, um adolescente de 13 anos, filho de um chefe da Irmandade Muçulmana, de Morsi, e outra pessoa foram mortos durante confrontos, ocorridos à margem de manifestações de estudantes islamitas no país.
O Presidente interino, Adly Mansour, solicitou entretanto a abertura de um inquérito judicial à operação de dispersão de um importante acampamento islamita, em 14 de agosto, no Cairo, que resultou em 632 mortos, dos quais oito polícias, segundo um relatório do Conselho Nacional dos Direitos do Homem.
Desde a destituição e detenção pelos militares do primeiro presidente eleito democraticamente no egito, em 03 de julho de 2013, e o início desta repressão sangrenta contra os seus apoiantes já morreram mais de 200 soldados e polícias em ataques quase quotidianos.
A maior parte dos ataques tem sido reivindicada por um grupo que se reclama próximo da al-Qaida, o Ansar Beit al-Maqdess, baseado na Península do Sinai.
Na madrugada de quarta-feira, o exército e a polícia atacaram alegados membros do grupo, em Al-Qanatir Al-Khayriya, a cerca de 30 quilómetros do Cairo, segundo o Ministério do Interior.
"Um general de brigada e um coronel da unidade de desminagem pereceram nos confrontos", indicou o exército, na sua conta na rede social Facebook, enquanto o Ministério especificou que os "terroristas" tinham usado explosivos colocados nas suas roupas.
Em oito meses, mais de 1.400 manifestantes pro-Morsi foram mortos pelo exército e pela polícia, metade dos quais no cairo, em 14 de agosto, e v+ários milhares de apoiantes do Presidente destituído detidos.
A quase totalidade dos dirigentes da Irmandade Muçulmana, a confraria de Morsi, arriscam, tal como este, a condenação à pena de morte em vários processos.
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