O Ministério do Interior egípcio anunciou através de uma declaração que um homem, identificado como Hossam Menoufy, foi detido no início da semana, mas não forneceu mais pormenores.
Menoufy é conhecido por ser um membro do Hasm, um grupo implicado em vários ataques mortíferos no Egito, nomeadamente num atentado com um carro-bomba no exterior de um hospital egípcio que matou 20 pessoas em 2019.
O Hasm, que os Estados Unidos designaram grupo terrorista em 2018, é considerado uma derivação da Irmandade Muçulmana, grupo que o Egito declarou como organização terrorista há vários anos.
O Egito faz campanha contra a Irmandade Muçulmana desde que em 2013 os militares do país afastaram o então presidente Mohammed Morsi, ex-líder do movimento, num golpe de Estado fortemente contestado pelos militantes islamistas.
Sob o regime do general Abdel Fattah el-Sissi, milhares de membros da Irmandade, mas também outros islamistas e muitos dissidentes seculares, foram presos.
O Governo de El-Sissi continua a lutar contra os militantes islâmicos na península do Sinai.
Menoufy foi condenado à revelia, em 2017, a prisão perpétua por alegado envolvimento na tentativa de assassinato de um alto funcionário judicial, de acordo com o jornal estatal Al-Akhbar Al-Youm.
O Hasm também reivindicou a responsabilidade pelo ataque que matou um oficial da agência de segurança nacional egípcia e por um ataque que tentou matar o antigo líder religioso do Egito, o grande mufti Ali Gomaa, apoiante do golpe militar de 2013.
Uma declaração da Badr Airlines, companhia aérea com sede em Cartum, capital sudanesa, que operava o voo de quarta-feira para Istambul, confirmou a detenção de um passageiro ao aterrar no Egito, sem nomear a pessoa.
A companhia aérea justiçou a aterragem de emergência no Egito, alegando que um alarme de fumo tinha disparado por engano no porão de carga do avião, forçando-o a aterrar na cidade egípcia meridional de Luxor.
Uma vez aí, os passageiros saíram do avião para esperar por um aparelho de substituição, e foram sujeitos a procedimentos dos serviços egípcios de controlo de fronteiras, alegou ainda a Badr Airlines.
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