Pentágono anuncia exercício naval da NATO no Mediterrâneo
O Pentágono anunciou hoje a realização de um exercício naval de grande escala da NATO no Mediterrâneo na segunda-feira, em plena tensão com a Rússia, que anunciou manobras navais ao mesmo tempo.
© Niall Carson/PA Images via Getty Images
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O anúncio foi feito pelo porta-voz do Pentágono, John Kirby, que acrescentou que o exercício "Neptune Strike 2022" durará até 04 de fevereiro e pretende "demonstrar a capacidade da NATO de integrar a sofisticada força de ataque marítimo de um grupo aerotransportado em apoio aos esforços de dissuasão e defesa da Aliança".
John Kirby assegurou que o exercício estava em preparação desde 2020 e que não está relacionado com as atuais tensões em torno da Ucrânia, embora o "Neptune Strike 2022" não estivesse na lista de exercícios planeados para este ano e que foi divulgada em 14 de dezembro de 2021 pela NATO na sua página eletrónica.
"O exercício em si não foi projetado para combater o tipo de cenário que pode ocorrer na Ucrânia", salientou Kirby, que acrescentou: "É realmente um exercício naval da NATO (...) destinado a testar uma ampla gama de capacidades navais que queremos ter certeza de continuar a fortalecer".
A Rússia também anunciou exercícios navais na quinta-feira, nos quais participarão mais de 140 navios de guerra e cerca de 10.000 militares, em janeiro e fevereiro.
Estes exercícios decorrerão no Atlântico, Ártico, Pacífico e Mediterrâneo.
John Kirby reconheceu que a situação tensa com a Rússia provocou discussões com os aliados sobre a realização deste exercício naval.
"Após discussões com nossos aliados da NATO foi decidido avançar", disse.
O porta-aviões norte-americano "USS Harry Truman" participa no exercício naval, e será acompanhado do seu grupo aerotransportado, que se encontram no Mediterrâneo desde meados de dezembro.
O "USS Harry Truman" deveria se juntar à área de operações do comando central (Centcom), mas o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, decidiu no final de dezembro mantê-lo no Mediterrâneo para "tranquilizar" os europeus face ao avolumar das tensões com a Rússia.
Sem mencionar as tensões em torno da Ucrânia, onde Kiev e os seus aliados ocidentais acusam Moscovo de ter reunido 100.000 militares nas fronteiras do país em antecipação a uma possível invasão, o Pentágono havia enfatizado que essa mudança de rota "refletia a necessidade de uma presença contínua na Europa".
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