A medida, que entra em vigor entre as 20:00 locais de hoje (mesma hora em Lisboa) e as 05:30 de segunda-feira, foi anunciada na televisão nacional, segundo um jornalista da AFP.
Um decreto do presidente Roch Marc Christian Kaboré indicou depois que o recolher obrigatório será mantido "até nova ordem" e abrange "todo o território nacional".
O Ministério da Educação do Burkina Faso anunciou em comunicado que as escolas vão permanecer fechadas em todo o país nos próximos dois dias.
Uma revolta militar para exigir a saída das chefias do exército e uma resposta aos ataques jihadistas no país já levou a motins nas casernas e à destruição da sede do partido no poder, incendiada.
Segundo a AFP, o incêndio na sede do Movimento do Povo pelo Progresso (MPP) foi provocado por manifestantes que apoiam os militares revoltosos.
A polícia dispersou os manifestantes com recurso a gás lacrimogéneo.
Também segundo a AFP, hoje de manhã registaram-se vários motins em casernas para exigir a saída das chefias do exército e "meios mais adequados" para combater os ataques jihadistas que ocorrem no Burkina Faso desde 2015 e que o Governo não tem conseguido conter.
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