Após alerta de Biden, Rússia diz que não quer guerra com a Ucrânia

A posição do Kremlin surge após o Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, ter alertado o seu homólogo, Volodymyr Zelensky, sobre uma possível invasão russa em fevereiro. 

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Notícias ao Minuto com Lusa
28/01/2022 10:40 ‧ 28/01/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, defendeu esta sexta-feira que a Rússia não quer uma guerra com a Ucrânia.

Contudo, segundo afirmou aos jornalistas russos, o país não irá “tolerar” que os seus interesses de segurança sejam ignorados. 

"Se depender da Rússia, não haverá guerra. Não queremos guerras. Mas não permitiremos que os nossos interesses sejam grosseiramente violados, ignorados", frisou. "Temos de trabalhar com todos, esse é o nosso princípio", acrescentou, citado pelas agências de notícias France-Presse e a espanhola EFE.

A Ucrânia e os países ocidentais acusaram a Rússia de ter enviado pelo menos 100.000 tropas para a fronteira ucraniana, nos últimos meses, com a intenção de invadir de novo o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.

A Rússia negou essa intenção, mas disse sentir-se ameaçada pela expansão de 20 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ao Leste europeu e pelo apoio ocidental à Ucrânia.

Moscovo exigiu o fim da política de expansão da NATO, incluindo para a Ucrânia e a Geórgia, a cessação de toda a cooperação militar ocidental com as antigas repúblicas soviéticas e a retirada das tropas e armamento dos aliados para as posições anteriores a 1997.

Os Estados Unidos e a NATO rejeitaram formalmente, na quarta-feira, as principais exigências de Moscovo, mas propuseram a via da diplomacia para lidar com a crise.

Em particular, abriram a porta a negociações sobre os limites recíprocos da instalação dos mísseis de curto e médio alcance das duas potências nucleares rivais na Europa, e sobre exercícios militares nas proximidades das fronteiras do campo adversário.

Lavrov considerou hoje que as respostas dos Estados Unidos às exigências da Rússia sobre garantias de segurança são "bastante confusas".

Admitiu que encontrou "sementes de racionalidade" em "assuntos de importância secundária", como a questão das instalações de mísseis de curto e médio alcance, e disse que o debate sobre esta questão tem sido rejeitado pelos Estados Unidos.

"Agora, propõem-se abordar a questão", disse.

Quanto à ameaça de novas sanções dos Estados Unidos, incluindo contra a liderança russa e a desconexão do país dos sistemas financeiros internacionais, Lavrov disse que "seria equivalente à rutura das relações".

A posição do Kremlin surge horas após o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, ter alertado o seu homólogo, Volodymyr Zelensky, sobre uma possível invasão russa em fevereiro. 

Os presidentes russo, Vladimir Putin, e francês, Emmanuel Macron, deverão realizar conversações hoje, por telefone, sobre a crise ucraniana.

Macron deverá propor a Putin um caminho para desanuviar as tensões entre a Rússia e os países ocidentais, segundo a AFP.

A França exerce, atualmente, a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.

[Notícia atualizada às 10h45]

Leia Também: Ao telefone com Zelensky, Biden reafirma apoio à Ucrânia

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