Milhares protestam no Egito contra "políticas repressivas"
Milhares de islamitas, apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi, protestaram hoje em diversas cidades do Egito e contestaram o novo sistema político imposto no país e as suas "políticas repressivas".
© Reuters
Mundo Islão
De acordo com a Irmandade Muçulmana, um dos organizadores dos protestos no âmbito da Aliança para a Defesa da Legitimidade, pelo menos um jovem foi morto por disparos das forças de segurança na cidade de Alexandria (norte). A rede de informação Rassd, conotada com a Irmandade, precisou que a vítima foi um estudante de 18 anos, abatido a tiro pela polícia de intervenção.
Pelo menos 15 manifestantes foram detidos em Alexandria e no Cairo, onde os protestos foram dispersados pelas forças se segurança, informou a agência oficial Mena.
Apesar de as principais manifestações terem ocorrido em diversos bairros da capital, com a destruição de pelo menos um veículo policial, a agência noticiosa Efe registou protestos, entre outras cidades, em Suez (leste do Cairo), Damieta (norte do país), Beni Suef (sul do cairo), Port Said (norte) e Al Mansura (delta do Nilo).
Os novos protestos inserem-se na designada "nova vaga revolucionária" desencadeada na quarta-feira pela Aliança e que deverá prolongar durante 11 dias, para assinalar o terceiro aniversário do referendo sobre o ato constitucional elaborado pela cúpula militar após a revolta popular de 2011, que derrubou o regime autocrático de Hosni Mubarak.
Na terça-feira as forças de segurança impediram a realização de uma conferência de imprensa da Aliança para a Defesa da Legitimidade, que pretendia responder ao recente relatório oficial sobre a violenta ação policial contra os acampamentos islamitas na capital, em protesto contra a demissão pelos militares de Morsi no início de julho, e que provocaram centenas de mortos.
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