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Teerão abandona instalações alvo de ataque no verão passado

O Irão interrompeu a produção numa das suas instalações nucleares, alvo de um ataque em junho, e transferiu as operações para uma nova localização, revelou na segunda-feira a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

Teerão abandona instalações alvo de ataque no verão passado
Notícias ao Minuto

23:28 - 31/01/22 por Lusa

Mundo Nuclear

O complexo Tesa, em Karaj, a oeste de Teerão, abrigava uma fábrica de componentes para máquinas usadas para enriquecer urânio.

Segundo as autoridades iranianas, aquele complexo foi alvo de uma operação de "sabotagem" no verão de 2021, que atribuiu a Israel.

Durante o processo, a AIEA não foi autorizada a aceder às instalações para substituir os seus equipamentos de monitorização danificados pelo incidente.

As duas partes chegaram a acordo em dezembro e desde então foram instaladas novas câmaras.

No entanto, o Irão decidiu optar por "uma nova localização, em Isfahan", no centro do país, onde existe um importante centro nuclear, refere um comunicado divulgado pela AIEA, após um relatório do diretor-geral Rafael Grossi, entregue ao Estados-membros.

Esta agência, com sede em Viena, é responsável por monitorizar a natureza pacífica do programa nuclear iraniano, e acrescentou que "foi capaz de ajustar as suas medidas de vigilância" em Isfahan, antes do início da produção.

A mudança de local responde a uma "preocupação de segurança" após o ataque ocorrido em 23 de junho de 2021, revelou fonte diplomática europeia à agência France-Presse (AFP).

O novo local está "melhor protegido", acrescentou.

O Irão abandonou a maioria dos seus compromissos do Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA) em represália pela retirada unilateral dos Estados Unidos do JCPOA, em 2018, e a imposição de novas e severas sanções pela administração do então Presidente Donald Trump.

Teerão iniciou o enriquecimento de urânio até um grau de pureza de 60%, aproximando-se do nível de 90% que lhe pode garantir o fabrico da arma atómica.

De acordo com a AIEA, o armazenamento de urânio tem aumentado diariamente e muito para além do limite acordado em 2015.

Os contactos diretos foram retomados no final de novembro na capital austríaca, após cinco meses de interrupção entre o Irão e os países que ainda integram o acordo internacional sobre o nuclear iraniano concluído em 2015 (Alemanha, China, Rússia, França e Reino Unido).

Leia Também: Teerão diz que acordo depende de "decisão política" dos EUA

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