Israel. Liberdade condicional a ativista pertencente a ONG palestiniana
Um comité penitenciário israelita concedeu hoje a liberdade condicional à ativista espanhola Juana Ruiz, condenada em 2021 por trabalhar e angariar fundos para uma organização não-governamental (ONG) palestiniana classificada por Israel como ilegal.
© Reuters
Mundo Ativista
Os advogados de defesa da cidadã espanhola apresentaram um recurso no passado mês de dezembro, tendo o comité penitenciário do Tribunal de Nazaré, norte de Israel, concedido hoje a liberdade condicional à ativista, de acordo com a agência de notícias EFE.
Juana Ruiz, de 63 anos, que está detida desde abril de 2021, foi condenada em novembro por um tribunal militar a 13 meses de prisão, depois de ter aceitado um acordo judicial que permitiu uma redução da pena.
O Ministério Público israelita tem agora uma semana para recorrer ou, caso aceite a decisão hoje conhecida, para fixar a data do início da liberdade condicional de Juana Ruiz, segundo disseram à EFE fontes diplomáticas.
Em 07 de dezembro, uma comissão composta por um assistente social, um psicólogo e um juiz negou a liberdade condicional à ativista espanhola, decisão que posteriormente foi alvo de um recurso por parte dos advogados de defesa.
Juana Ruiz encontra-se na prisão de Damon, na cidade de Haifa (norte de Israel), e participou hoje na sessão do tribunal através de videoconferência, medida imposta devido às restrições sanitárias em vigor por causa da pandemia de covid-19.
De acordo com a sentença proferida em novembro, e tendo em conta o tempo de prisão que já cumpriu, a cidadã espanhola terminaria a pena no próximo mês de abril e seria libertada mediante o pagamento de metade de uma multa de 14 mil euros.
Juana Ruiz foi detida no ano passado perto de Belém, na Cisjordânia, por causa de atividades humanitárias que desenvolve nos Comités de Trabalho para a Saúde, uma ONG que é acusada de desviar fundos para a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP).
A FPLP é considerada com um grupo terrorista por Israel, pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
O caso de Juana Ruiz despertou a atenção internacional por se tratar de um julgamento militar e devido às alegações de financiamento de terrorismo por parte de organizações que recebem fundos europeus e que Israel afirma serem o "braço civil" da FPLP.
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