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EUA pedem reunião de emergência sobre Coreia do Norte

Os Estados Unidos convocaram para quinta-feira uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a Coreia do Norte, que lançou no domingo o seu míssil mais poderoso desde 2017, disseram hoje fontes diplomáticas.

EUA pedem reunião de emergência sobre Coreia do Norte
Notícias ao Minuto

22:17 - 01/02/22 por Lusa

Mundo Conselho de Segurança

O encontro deve ser realizado à porta fechada. Cabe à Rússia, atual presidente do Conselho de Segurança para o mês de fevereiro, ratificar a sua organização.

Pyongyang confirmou na segunda-feira ter lançado o seu míssil mais poderoso desde 2017, um balístico Hwasong-12 de alcance intermédio.

Pouco antes, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, denunciou em comunicado um lançamento de um míssil que "rompe com a moratória anunciada em 2018" pela Coreia do Norte para este tipo de dispositivo.

Este teste balístico representa "uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança", acrescentou.

O lançamento do míssil da Coreia do Norte no domingo encerra um mês de testes massivos e aumenta os receios de uma retoma dos testes de mísseis nucleares e intercontinentais por Pyongyang.

Em 2017, o Conselho de Segurança da ONU decidiu três vezes, por unanimidade, impor novas e pesadas sanções económicas à Coreia do Norte pelos testes nucleares e de mísseis.

As sanções afetam em particular as importações de petróleo do país e as exportações de carvão, ferro, têxteis e pescas.

A Coreia do Norte confirmou no domingo o lançamento-teste de um míssil balístico de alcance intermédio capaz de atingir o território norte-americano de Guam.

A agência de notícias oficial central coreana avançou que o teste de domingo do míssil Hwasong-12 visa avaliar seletivamente o míssil que está a ser produzido e implantado, e verificar a sua precisão.

Segundo a mesma fonte, a câmara instalada na ogiva do míssil captou uma imagem da Terra vista do espaço, e a Academia de Ciências da Defesa confirmou a precisão, segurança e eficácia da operação do sistema de armamento.

A Coreia do Norte disse que o míssil foi lançado para a água, na costa leste, e num ângulo alto, para evitar que sobrevoasse outros países, não tendo revelado mais detalhes.

O exército sul-coreano e o Ministério da Defesa japonês tinham dito no domingo que o projétil lançado no mar pelos norte-coreanos era um míssil balístico de alcance intermédio, violando novamente as resoluções estabelecidas pelas Nações Unidas.

Este foi o sétimo teste realizado este mês, reafirmando a intenção da Coreia do Norte em reforçar as defesas nacionais, enquanto ocorre uma escalada de tensão na região da península coreana.

De acordo com a avaliação do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), o lançamento ocorreu às 07:52 de domingo (22:52 de sábado em Lisboa) na fronteira com a China e tratou-se de um modelo de médio alcance (IRBM).

O projétil percorreu 800 quilómetros a leste em direção ao Mar do Japão, chamado de Mar do Leste nas duas Coreias, e teria atingido uma altitude máxima de 2.000 quilómetros sem entrar nas águas da zona económica exclusiva do Japão ou provocar danos, segundo o Governo japonês.

O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, apressou-se a convocar no domingo, pela primeira vez em um ano, uma reunião do Conselho de Segurança Nacional do seu país.

Moon declarou aos meios de comunicação locais que este último lançamento da Coreia do Norte é um "desafio à desnuclearização da península coreana, à paz e à estabilidade, e aos esforços diplomáticos da comunidade internacional, bem como um ato que viola a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

Por sua vez, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convocou também uma reunião do seu Conselho de Segurança para hoje e em declarações à imprensa afirmou que "condena veementemente" este novo lançamento, que "viola as resoluções das Nações Unidas".

O exército dos Estados Unidos também pediu a Pyongyang que se abstenha de atos "desestabilizadores", de acordo com um comunicado emitido pelo Comando do Indo-Pacífico citado pela agência de notícias japonesa Kyodo.

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