Ministro da Defesa israelita visita o Golfo e apela à cooperação
O ministro da Defesa israelita, Benny Gantz, apelou hoje no Bahrein ao reforço da cooperação regional com o Estado judaico para enfrentar as "ameaças terroristas e aéreas", fazendo designadamente uma alusão ao Irão.
© Reuters
Mundo Benny Gantz
Gantz chegou na quarta-feira a Manama, capital do Bahrein, na primeira visita de um ministro da Defesa israelita ao pequeno reino do Golfo desde a normalização das relações entre os dois países, em setembro de 2020.
"O aprofundamento da cooperação permite-nos manter a estabilidade regional e defender os interesses comuns de Israel, dos Estados Unidos e do Bahrein", declarou Gantz, após ter visitado o quartel-general da 5.º esquadra norte-americana, estacionada em Manama.
Em comunicado, o ministro também assegurou que a cooperação já foi "desenvolvida" desde os acordos de normalização das relações entre o Bahrein e Israel, e a integração do Estado judaico no comando central do exército norte-americano (CENTCOM), focalizado no Médio Oriente.
O Bahrein e os Emirados Árabes Unidos, aliados próximos de Washington, foram os primeiros países árabes do Golfo a normalizar as suas relações com Israel, reforçando a integração do Estado judaico numa região onde o Irão, o seu principal inimigo, é encarado como uma ameaça.
Os EUA e a Arábia Saudita acusam com regularidade Teerão de promover atividades hostis nas águas do Golfo, como o ataque a navios ou o envio de material militar destinado a grupos armados.
"Num contexto de crescentes ameaças marítimas e aéreas, a nossa cooperação é mais importante que nunca", referiu Benny Gantz num 'twitter', sem mencionar o Irão.
O quartel-general da 5º esquadra norte-americana está situado ao largo das águas do Golfo, a algumas centenas de quilómetros do Irão, numa zona marítima atravessada diariamente por petroleiros.
Na segunda-feira, sob iniciativa dos Estados Unidos, foi desencadeado um importante exercício naval no mar Vermelho, com a participação de 60 países, incluindo Israel e diversos países que não têm relações oficiais com o Estado judaico, caso da Arábia Saudita.
Desde o início de 2022 que a região regista um acréscimo de ataques armados, incluindo um ataque aos Emirados conduzido pelos rebeldes Houthis do Iémen, apoiados pelo Irão, e uma retaliação aérea da coligação liderada pela Arábia Saudita que provocou pelo menos 12 mortos em Sanaa.
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