Dinamarca: Separatistas do Irão condenados por espiar para Arábia Saudita
Três líderes de um grupo separatista árabe iraniano, no exílio na Dinamarca, foram considerados culpados do crime de espionagem a favor da Arábia Saudita por um tribunal dinamarquês.
© Getty
Mundo ASMLA
Após um longo julgamento que decorreu à porta fechada, os três membros do Movimento Árabe para a Libertação de Ahvaz (ASMLA) foram considerados culpados de "reunir informações sobre indivíduos e organizações na Dinamarca e no estrangeiro".
O tribunal de Roskilde, perto de Copenhaga, considerou que o grupo também recolheu informações sobre questões militares iranianas, que foram depois fornecidas aos serviços secretos de Riade.
O caso reflete o prolongamento das tensões entre sauditas e iranianos em território europeu.
A sentença dos três homens deve ser pronunciada em março, sendo que podem vir a ser condenados a 12 anos de prisão pela justiça dinamarquesa.
Os três homens, com idades entre os 40 e os 51 anos, um dos quais com nacionalidade dinamarquesa, também foram considerados culpados de "promoção de terrorismo" por apoiarem as atividades do braço armado do ASMLA.
Deste modo foram apontados como culpados do "financiamento e tentativa de financiamento do terrorismo" por terem recebido 15 milhões de coroas (dois milhões de euros) de um serviço de informações saudita.
Os fundos visavam o financiamento das atividades do ASMLA, de acordo com o tribunal.
Detidos em fevereiro de 2020, os três homens encontram-se presos sob medidas de especiais de proteção devido a ameaças.
Os dirigentes da organização separatista, acusada de terrorismo pelo regime de Teerão, residem na Dinamarca e Holanda. O movimento defende a autodeterminação de Avhvaz, no sudoeste do Irão.
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