Advogado culpado por fraude a atriz pornográfica ligada a Donald Trump
O advogado Michael Avenatti, acusado de roubar 300 mil dólares a Stormy Daniels, atriz pornográfica que afirma ter tido um relacionamento com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi considerado culpado por fraude e roubo de identidade.
© Getty Images
Mundo Stormy Daniels
O polémico advogado representou Stormy Daniels após a atriz pornográfica ter vindo a público revelar à alegada relação sexual com Donald Trump.
Um júri considerou esta sexta-feira Michael Avenatti culpado por fraude e roubo de identidade agravado, após um julgamento que durou pouco mais de uma semana.
Segundo a acusação, Avenatti roubou a Daniels 300 mil dos 800 mil dólares que a atriz recebeu para escrever um livro sobre as suas memórias.
O advogado conseguiu o desfalque ao enviar para o agente literário da atriz um documento "supostamente assinado" por esta, em que pedia para que os pagamentos fossem depositados numa conta controlada pelo advogado.
Em julho de 2021, o advogado já tinha sido condenado a dois anos e meio de prisão por tentar extorquir a Nike, exigindo receber 20 milhões de dólares para não divulgar publicamente alegadas provas que detinha de que a empresa tinha subornado jogadores de basquetebol universitário e as suas famílias.
Michael Avenatti enfrenta outro processo judicial na Califórnia, onde é acusado de ter retido 10 milhões de dólares obtidos para vários dos seus clientes em acordos extrajudiciais.
Avenatti e Daniels ficaram famosos nos Estados Unidos depois da atriz pornográfica ter divulgado um alegado caso extraconjugal com Donald Trump e ainda de ter recebido um pagamento de 130.000 dólares, durante a campanha eleitoral do ex-presidente, para garantir o seu silêncio.
Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, afirma que teve relações sexuais com Trump em 2006, quando o magnata já estava casado com Melania Trump e tinha o seu filho, Barron, com esta.
O ex-presidente republicano negou sempre ter tido um caso com Daniels.
A atriz tentou, mais tarde, com a ajuda de Avenatti, quebrar o acordo de silêncio alcançado com o ex-presidente num tribunal de Los Angeles, no Estado da Califórnia.
O Supremo Tribunal concordou com esta e determinou que Trump pagasse 44.100 dólares em despesas judiciais.
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