Reino Unido rejeita apoio da China à reivindicação das Malvinas
O Reino Unido rejeitou hoje firmemente uma declaração da China que defende a reivindicação da Argentina às ilhas Malvinas e exigiu respeito pelo "direito à autodeterminação" do território.
© Getty Images
Mundo Território
"As Falkland [como os britânicos chamam às ilhas] fazem parte da família britânica e defenderemos o seu direito à autodeterminação. A China deve respeitar a soberania das ilhas", escreveu a ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
O Presidente argentino, Alberto Fernández, reuniu-se no domingo com o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.
Segundo a imprensa, citada pela agência espanhola de notícias Efe, Fernández e Xi falaram da "profunda amizade" entre os seus países e assinaram um documento no qual a China promete apoio à reivindicação argentina das Malvinas e a Argentina garante apoiar a reivindicação chinesa sobre Taiwan.
"China e Argentina concordam em manter comunicação e coordenação estreitas em assuntos internacionais e salvaguardar os interesses gerais dos dois países e de outros países em desenvolvimento", afirma o comunicado, citado pela agência norte-americana AP.
A mesma fonte adianta que Xi e Fernández também prometeram uma cooperação económica mais estreita e assinaram um memorando de entendimento sobre a adesão da Argentina à iniciativa chinesa 'Faixa e Rota'.
Durante sua visita, Fernández colocou uma coroa de flores no salão memorial do Presidente Mao, onde o corpo embalsamado de Mao Tsé Tung, o revolucionário comunista que fundou a República Popular, é exibido dentro de um sarcófago de cristal.
A Argentina reivindica as ilhas do Atlântico Sul desde 1833, mas o Reino Unido recusa entrar em negociações sobre a soberania das Malvinas/Falkland, apesar dos apelos de Buenos Aires.
Os dois países travaram uma guerra em 1982, um conflito que começou com a ocupação das ilhas pela junta militar argentina em 02 de abril daquele ano e terminou com a rendição argentina em 14 de junho.
A guerra provocou a morte de 649 argentinos e de 255 soldados britânicos.
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