Estes 350 militares vão juntar-se aos 100 engenheiros do exército britânico que foram enviados anteriormente para a Polónia para lidar com o afluxo de migrantes na fronteira polaca com a Bielorrússia, um país aliado da Rússia.
Trata-se de "mostrar que podemos trabalhar juntos e enviar um forte sinal de que a Grã-Bretanha e a Polónia estão lado a lado", disse Wallace numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo polaco, Mariusz Blaszczak, em Londres, segundo a agência France-Presse.
Os soldados trabalharão em cooperação com o exército polaco para "reforçar a segurança, particularmente no que diz respeito às ameaças na fronteira", disse o ministro polaco.
O anúncio do destacamento surge no meio de receios crescentes de que a Rússia se esteja a preparar para invadir a Ucrânia, com o Ocidente a acusar o Presidente russo, Vladimir Putin, de concentrar mais de 100.000 soldados na fronteira entre os dois países.
A Rússia nega ter qualquer intenção de invadir o país, mas exigiu garantias de segurança do Ocidente, incluindo que a Ucrânia nunca será autorizada a aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
A Polónia é um dos países da Europa de Leste que aderiram à NATO depois da desintegração da União Soviética, no final de 1991.
Ben Wallace aludiu à natureza defensiva da Aliança Atlântica para considerar que uma agressão russa na Ucrânia seria contraproducente para Moscovo, uma vez que levaria a "mais NATO, que é precisamente o que o Presidente Putin não quer".
A Alemanha também anunciou hoje o envio de mais 350 soldados para a Lituânia no âmbito de uma operação da NATO, no contexto de tensão entre a Rússia e a Ucrânia.
"Reforçamos, assim, o nosso contributo em termos de forças no flanco leste da NATO e enviamos um sinal claro de determinação aos nossos aliados", disse a ministra alemã, Christine Lambrecht.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, tinha indicado, no domingo, que o Governo de Berlim estava pronto para enviar mais tropas para os países bálticos.
A Alemanha dirige uma operação da NATO na Lituânia, onde já se encontram destacados 500 soldados alemães.
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