Operações militares resultaram na morte de 30 jihadistas
Trinta jihadistas foram mortos no início de fevereiro no Mali em ações conjuntas do agrupamento de forças especiais europeias Takuba e militares malianos, anunciou hoje o Estado-Maior francês, em pleno período de tensão diplomática entre Bamaco e Paris.
© Reuters
Mundo Jihadistas
"Foi a primeira vez que uma unidade maliana envolvida com o agrupamento Takuba obteve tal avaliação operacional", anunciou o Estado-Maior, que acrescentou terem as operações conjuntas sido desenvolvidas entre 01 e 06 deste mês na chamada zona das "três fronteiras", que junta Mali, Burkina Faso e Níger.
As operações permitiram a apreensão de "vários tipos de equipamento e componentes para o fabrico de engenhos explosivos artesanais".
O anúncio surge num momento em que o futuro da Takuba, criada em 2020 por iniciativa de Paris e na qual participam 10 países europeus, está ameaçado.
A braços com uma junta militar no poder em Bamaco, que acaba de expulsar o embaixador francês e exigiu a saída de um contingente dinamarquês recentemente destacado para o Mali, Paris anunciou que até meados de fevereiro decidiria com os seus parceiros europeus o futuro da sua presença militar no país da África Ocidental.
Os militares franceses estão no Mali, no âmbito da luta contra os grupos 'jihadistas', desde 2013 e desde então sofreram 53 baixas.
A reflexão de França com os seus parceiros europeus pode levar à saída do Mali das tropas francesas e das forças especiais de Takuba, que foram hoje alvo de críticas violentas pelo primeiro-ministro maliano, Choguel Kokalla Maïga, que acusou o agrupamento Takuba de "dividir o Mali".
Takuba, "é 'o sabre', em (idioma) Songhai e Tamasheq, não é um nome que foi escolhido por acaso", acrescentou o governante maliano.
No comunicado do Estado-Maior francês "a operação demonstra o elevado nível de cooperação, autonomia e maturidade da Unidade Ligeira de Reconhecimento e Intervenção N.º4, bem como a eficácia da parceria de combate entre as forças armadas malianas e o agrupamento Takuba".
Símbolo de uma Europa da defesa pretendida pelo Presidente francês Emmanuel Macron, o agrupamento Takuba, composto por 800 militares depende agora da boa vontade da junta maliana.
A Noruega anunciou há dias que desistiu de enviar um pequeno contingente, por falta de acordo com a junta militar no poder em Bamaco.
A relocalização do agrupamento Takuba, criado por Paris para partilhar o combate contra os grupos 'jihadistas', não é uma opção no atual formato.
Fonte diplomática citada pela agência France-Presse disse que o princípio de apoiar exércitos locais em combate através do envio de pequenos contingentes de forças especiais europeias poderia ser oferecido a outros países da região.
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