O comunicado do Governo refere que na sessão do Conselho de Ministros realizada na terça-feira foi feita a avaliação da situação epidemiológica no país, "com a confirmação da tendência de redução do número de casos positivos de covid-19 nas últimas duas semanas e o aumento considerável da taxa de vacinação no país".
"Embora esses dados sejam encorajadores, o Governo entende que ainda impera a necessidade de manutenção de algumas medidas restritivas, mesmo com o relaxamento de outras, de forma preventiva, com o intuito de evitar o surgimento de nova vaga da doença no país e garantir a consolidação da situação atual nos próximos tempos, tendo sempre como o pano de fundo a necessidade de garantir algum equilíbrio entre as medidas sanitárias e a criação de condições básicas para a necessária retoma económica", lê-se no comunicado distribuído hoje a imprensa.
Durante a vigência da situação de contingência continuarão em vigor as principais "medidas gerais sanitárias", nomeadamente a obrigação de uso de máscaras em lugares fechados, a obrigatoriedade de lavagem das mãos e a apresentação de comprovativo de vacinação completa ou teste de antigénio negativo para frequentar eventos em espaços fechados.
Contudo, o Governo vai permitir o "funcionamento das discotecas" e "realização de festivais musicais e de festas públicas com a ocupação máxima de 50% de lotação dos espaços e obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação completa ou teste de antigénio negativo para os artistas, funcionários e clientes".
Nos casos de viagens internacionais o Governo mantém a "obrigatoriedade de apresentação de teste de antigénio negativo na chegada ao aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe, realizado até 48 horas antes da data da viagem, para todos os viajantes, com mais de 12 anos de idade e que sejam portadores do certificado de vacinação completa."
Para os cidadãos que não estejam ainda vacinados será obrigatório a "apresentação do teste de PCR negativo, realizado até 72 horas antes da data de viagem".
O executivo esclarece que nas viagens de partida a partir de São Tomé "aplica-se o regulamento sanitário definido pelos países de destino".
O comunicado do Governo conclui com "um veemente apelo para que toda a população elegível, a partir dos 12 anos, exerça a sua cidadania ativa e se vacine contra a covid-19".
O arquipélago de São Tomé e Príncipe registou na última semana 27 casos novas infeções pelo novo coronavírus num total de 935 testes realizados, e dois óbitos.
Na semana anterior tinham sido realizados 930 testes, dos quais 53 foram positivos.
Segundo o Boletim Diário divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, o arquipélago registou uma infeção pelo SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, na ilha de São Tomé.
O arquipélago tem 30 pessoas sob vigilância, sendo 29 em isolamento domiciliário -- 16 na ilha de São Tomé e 13 na ilha do Príncipe - e um internado na ilha de São Tomé.
No total, desde o início da pandemia, o país regista 5.913 casos de infeção, que resultaram em 71 mortos e 5.812 recuperados.
São Tomé e Príncipe administrou 179.929 doses de vacina -- 110.529 pessoas têm a primeira dose, 66.676 têm o esquema vacinal completo e 2.724 receberam a terceira dose.
A covid-19 provocou pelo menos 5.761.646 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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