Destacado exemplo de Cabo Verde na consolidação da Democracia
O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou hoje que o país é um exemplo no "respeito pelas liberdades" e na consolidação da democracia, permanecendo na 32.ª posição no Índice de Democracia elaborado pelo The Economist Intelligence Unit (EIU).
© Lusa
Mundo Ulisses Correia e Silva
"É de se reconhecer que Cabo Verde continua um exemplo no respeito pelas liberdades e na consolidação da sua democracia. O relatório deste ano, referente ao ano 2021, diz que a pandemia afetou profundamente muitas democracias em todo o mundo por meio das restrições impostas", recordou Ulisses Correia e Silva, sobre aquele indicador.
Com 7,65 pontos, o arquipélago de Cabo Verde surge na 32.ª posição deste índice -- o terceiro melhor desempenho em África, depois das Maurícias e do Botsuana -, mantendo a posição de 2020. É ainda o segundo país de língua portuguesa com melhor classificação, atrás de Portugal (28.º lugar), integrando o grupo de países de democracias imperfeitas ou com falhas.
"Cabo Verde conseguiu evitar o colapso em diversos setores, devido à pandemia, sem pôr em causa os ganhos conseguidos nas categorias avaliadas no relatório: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis. Conseguimos, durante a pandemia, realizar com sucesso, três eleições: as autárquicas [outubro de 2020], legislativas [abril] e as presidenciais [outubro]", afirmou o chefe do Governo.
Para Ulisses Correia e Silva, o país "deve continuar a afirmar-se e distinguir-se no concerto das Nações pela estabilidade política, institucional e social", mas também pela "confiança nas relações com os parceiros de desenvolvimento e os investidores".
"Baseada na previsibilidade, coerência e consistência e nos valores da democracia, da liberdade, do respeito pelos direitos humanos, do primado da lei e da segurança jurídica; valorização da localização geoeconómica do país do ponto de vista da economia, da segurança e da cultura", disse ainda.
O Índice de Democracia, que começou a ser elaborado 2006, retrata a situação da democracia em 2021, em 165 Estados independentes e dois territórios, com base em cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis.
Cada país é classificado num tipo de regime, democracia plena, democracia imperfeita, regime híbrido ou regime autoritário, consoante a pontuação registada numa série de indicadores.
A Noruega, o país mais bem classificado da tabela, com uma democracia plena, pontua nos 9,75, enquanto Portugal, uma democracia imperfeita, está no 28.º lugar, com 7,82 pontos.
De acordo com o relatório, os resultados de 2021 refletiram o impacto negativo da pandemia da covid-19 na democracia e na liberdade em todo o mundo, pelo segundo ano consecutivo.
Afeganistão e Myanmar (antiga Birmânia) caíram para o fundo do 'ranking' da democracia mundial, abaixo da Coreia do Norte.
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