"Irrepreensível consenso na UE e na NATO [de] apoio à Ucrânia", reagiu Charles Michel, numa publicação na rede social Twitter, minutos depois de o Conselho Europeu ter anunciado o fim do encontro informal entre os líderes dos 27 Estados-membros do bloco comunitário sobre a crise ucraniana, que durou menos de uma hora.
"Estamos firmes e determinados na defesa dos nossos valores", adiantou Charles Michel.
Minutos antes, o porta-voz do responsável indicou, também através do Twitter, que a "reunião informal dos membros do Conselho Europeu para ponto de situação dos últimos desenvolvimentos relacionados com a Rússia-Ucrânia tinha terminado", após ter arrancado menos de uma hora antes.
Impeccable unity #EU #NATO
— Charles Michel (@eucopresident) February 17, 2022
Support for #Ukraine
Firm and resolute in defense of our values.
Segue-se agora a cimeira com a União Africana (UA), que decorre hoje e sexta-feira em Bruxelas.
Da agenda do encontro informal, marcado na quarta-feira, fazia apenas parte uma discussão sobre a ameaça de uma agressão russa à Ucrânia ao nível dos líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, numa altura em que o Kremlin (Presidência russa) garante que concluiu algumas das manobras militares nas zonas fronteiriças, um anúncio recebido com cautela pela UE e pela NATO.
O encontro informal dos líderes da UE coincide com uma reunião de ministros da Defesa da NATO, que hoje termina, e na qual Portugal está representado por João Gomes Cravinho.
O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado mais de 100.000 tropas nas fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho, depois da anexação da Crimeia em 2014.
Nas últimas horas, os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter aumentado o contingente militar na fronteira com a Ucrânia em sete mil tropas nos últimos dias, apesar de Moscovo ter anunciado uma retirada parcial das forças aí destacadas.
As novas estimativas colocariam o número de forças russas próximo das 150 mil, número citado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, num discurso transmitido na televisão no início desta semana.
A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas exige garantias para a sua segurança, incluindo uma promessa de que a Ucrânia nunca será membro da NATO, uma exigência liminarmente rejeitada pelo Ocidente, que propôs em troca conversações com Moscovo sobre outros assuntos de segurança, como o controlo de armas ou visitas recíprocas a infraestruturas sensíveis.
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