Subiu para 105 o número de mortos devido à chuva forte de terça-feira em Petrópolis, no Brasil, segundo um novo balanço da Secretaria de Defesa Civil. O número de desaparecidos aumentou também para 134, de acordo com as autoridades.
O g1 avança que, entre os 101 corpos já no Instituto Médico Legal (IML), 65 são de mulheres e 36 de homens. Desses, 13 são menores. No total, já foram identificadas 33 vítimas mortais. Ainda assim, 24 pessoas foram resgatadas com vida.
Entre os sobreviventes estão os motoristas de autocarro que foram arrastados para o rio Quitandinha, conseguindo sair dos veículos com vida, disse o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis.
Até esta quinta-feira, 705 pessoas foram acolhidas em abrigos improvisados nas escolas. Além disso, foram contabilizados 323 deslizamentos de terras e 399 ocorrências, estando cerca de 500 bombeiros à procura dos 134 desaparecidos, diz a CNN Brasil.
Estão também a participar nas operações 200 polícias civis e 210 polícias militares, com recurso a nove helicópteros e 190 veículos, distribuídos por 44 pontos.
A localidade do Alto da Serra foi das mais afetadas pelo temporal, estimando-se que pelo menos 80 casas estejam soterradas no Morro da Oficina. Outras regiões atingidas incluem 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, e Vila Militar, assim como as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga.
O desastre levou a que a cidade decretasse estado de calamidade pública e um luto de três dias, com reforço das equipas hospitalares para o atendimento às vítimas. O município apelou, contudo, para que as pessoas não saíssem de casa, prevendo-se novas tempestades e deslizamentos de terra esta quinta-feira.
Esta manhã, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decretou uma lei que prevê uma doação de cerca de 5.112.980,85 euros para a recuperação da cidade, autorizando ainda alterações no calendário de pagamento de impostos estaduais, particularmente do IPVA e ICMS dos mais de 300 comerciantes afetados.
Recorde-se que, em 2011, ocorreu a maior tragédia meteorológica alguma vez registada no Brasil, quando as tempestades provocaram mais de 900 mortos e uma centena de desaparecidos em Petrópolis e cidades vizinhas.
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