"Deus, Pátria, Família". Bolsonaro considera Viktor Órban "um irmão"
O presidente do Brasil sublinhou a "afinidade" que tem com o primeiro-ministro húngaro no que diz respeito à "defesa do povo".
© Janos Kummer/Getty Images
Mundo Brasil
Jair Bolsonaro foi o primeiro presidente do Brasil a visitar a Hungria e reuniu-se esta quinta-feira com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, que considera ser como “um irmão” devido às ideologias que partilham.
“Prezado Orbán, é uma satisfação muito grande estar na Hungria. Considero o seu país o nosso pequeno grande irmão. Pequeno se levarmos em conta as nossas diferenças nas respetivas extensões territoriais, e grande pelos valores que nós representamos, que podem ser resumidos em quatro palavras: Deus, pátria, família e liberdade. Comungamos também da defesa da família com muita ênfase. Uma família bem estruturada faz com que a sua respetiva sociedade seja sadia. Não devemos perder esse foco”, afirmou, em conferência de imprensa, o chefe de Estado brasileiro.
E frisou: "Prezado Orbán, trato como irmão, dada a afinidade que temos na defesa dos nossos povos".
Na conferência de imprensa, Bolsonaro revela também que conversou com o presidente húngaro, János Áder, sobre "questões ambientais", nomeadamente o que "representa a Amazónia para o Brasil e para o mundo".
"Muitas vezes, as informações sobre essa região chegam para fora do Brasil de forma bastante distorcida. Como se fossemos nós os grandes vilões, no que leva em conta a preservação da floresta e a sua destruição”, afirmou.
Bolsonaro frisa ainda que a destruição da Amazónia “não existe” e que o Brasil preserva 63% do seu território. “Nós preocupamo-nos com o reflorestamento, coisa que não vejo nos países da Europa como um todo”, frisou.
E vai mais longe: “Esta desinformação é um ataque à nossa economia, que vem, em grande parte, do agronegócio”.
Depois de uma visita à Rússia, onde se reuniu com Vladimir Putin, Bolsonaro chegou à Hungria esta quinta-feira, sendo recebido com honras militares pelo homólogo húngaro numa visita que procura impulsionar as relações comerciais e a cooperação política entre os dois países liderados por governos de extrema-direita.
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