"Pedimos à comunidade e às organizações internacionais que condenem imediatamente as provocações realizadas pela Rússia e pelas suas administrações de ocupação em Donbass, que minam o processo para uma solução político-diplomática", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, em comunicado.
A diplomacia ucraniana sublinhou que os cidadãos vivem em ambos os lados da linha de separação e insistiu para que para seja garantida a paz a essa população.
"As alegações de que as autoridades ucranianas pretendem lançar uma ofensiva nos territórios temporariamente ocupados das províncias de Donetsk e Lugansk são falsas", disse o Ministério, assegurando que a Ucrânia "não realiza ou planeia qualquer sabotagem" na região de Donbass.
Kiev criticou ainda "as tentativas da Rússia de agravar a já tensa situação de segurança" e reiterou o seu apoio a uma solução político-diplomática, aproveitando para acusar Moscovo de lançar campanhas de desinformação.
As violações do cessar-fogo no leste da Ucrânia aumentaram nas últimas horas, com o uso de armas proibidas pelos acordos de Minsk, enquanto ambas as partes se responsabilizam pelo desrespeito dos tratados.
Representantes da autoproclamada República de Donetsk anunciaram hoje o início da retirada de parte da população local para a Rússia, alegando o perigo de combates nesta região.
De acordo com as autoridades de Donetsk, citadas pela agência russa Interfax, mais de 700.000 moradores da região estão a ser deslocados para a Rússia.
Por sua vez, o comandante das Forças Armadas ucranianas, Valeri Zaluzhni, pediu à população das regiões de Donetsk e Lugansk não controladas por Kiev para não acreditar nos rumores sobre uma ofensiva do Exército ucraniano.
"Não acreditem nas mentiras das autoridades de ocupação! Eles estão a usar-vos para agravar a situação", alertou Zaluzhni, na sua página da rede social Facebook, negando as informações divulgadas pelas forças separatistas sobre tentativas de sabotar as infraestruturas das repúblicas pró-russas.
Leia Também: Delegação do PPE vai a Kiev e à Lituânia mostrar apoio aos ucranianos