Ucrânia: Bruxelas prepara cenários migratórios com Polónia
A comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, viaja terça-feira à Polónia para analisar com autoridades locais e organizações internacionais a situação migratória na fronteira com a Bielorrússia e preparar "vários cenários" da crise na Ucrânia.
© Lusa
Mundo Tensão
"As discussões incidirão sobre a situação atual na fronteira com a Bielorrússia, o apoio financeiro da União Europeia e a cooperação com agências, e as recentes propostas da Comissão sobre asilo e gestão de fronteiras, bem como a preparação para vários cenários", informou a Comissão Europeia.
Em Varsóvia, a comissária vai reunir-se com o ministro do Interior e da Administração, Mariusz Kaminski, bem como com a vice-chefe polaca dos Direitos Humanos, Hanna Machinska, além de entrevistas com representantes da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da Organização Mundial para as Migrações (OIM) e do Escritório do Conselho da Europa em Varsóvia, bem como representantes de ONGs polacas especializadas em direitos humanos e questões de migração.
A comissária prevê visitar também o centro de acolhimento de migrantes de Lesznowola, um dos que recebe migrantes da Bielorrússia.
Uma eventual invasão da Ucrânia pela Rússia pode levar à fuga de até um milhão de pessoas para países da União do Leste Europeu, cenário para o qual essas nações já começaram a preparar-se, incluindo Polónia, Hungria, Roménia e Eslováquia.
A vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, estimou entre 20 mil a mais de um milhão o número de ucranianos que poderão fugir para aqueles quatro países se a Rússia invadir a Ucrânia, em cujas regiões separatistas do leste regiões pró-russos têm lutado desde 2014 contra o governo central.
O Kremlin anunciou hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, vai reconhecer a independência dos territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, anunciando que "um decreto nesse sentido será assinado em breve", adiantando que Putin informou desta decisão o homólogo francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, mediadores do conflito no leste da Ucrânia.
Horas antes, Vladimir Putin tinha anunciado que ía decidir sobre o reconhecimento da independência das regiões separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia, apesar das ameaças de retaliação por parte dos países ocidentais.
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