"Temos trabalhado durante semanas para estarmos preparados para o pior, esperando o melhor, mas estando preparados para o pior e, portanto, chegámos a essa fase de nos prepararmos para potenciais refugiados. Temos agora todos os Estados-membros da linha da frente com planos de contingência explícitos para acolher e acolher imediatamente os refugiados da Ucrânia", disse Ursula von der Leyen.
Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, após uma reunião com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a líder do executivo comunitário garantiu também "muito apoio através da ajuda humanitária, abrigo e outras necessidades de que as pessoas deslocadas internamente precisam imediatamente".
"Assim, a preparação está totalmente em alerta e esperamos que haja o mínimo possível de refugiados, mas estamos totalmente preparados para eles e para garantir que eles estão bem", adiantou Ursula von der Leyen.
A responsável assegurou ainda apoio económico, "além da assistência macrofinanceira de 1,2 mil milhões, que está disponível neste momento" e que já foi anunciada em janeiro.
Horas antes, a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, tinha anunciado que o executivo comunitário está "pronto" para, se necessário, apoiar os Estados-membros da UE no acolhimento de refugiados ucranianos, agradecendo a cinco países (Polónia, República Checa, Roménia, Eslováquia e Hungria) a "vontade de proporcionar proteção imediata".
Os chefes de Governo e de Estado da UE, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, discutirão hoje à noite, numa cimeira de urgência em Bruxelas, novas sanções à Rússia.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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