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EUA respondem a Moscovo e expulsam segunda autoridade diplomática russa

Os Estados Unidos expulsaram a segunda autoridade diplomática da Rússia em Washington, em retaliação à expulsão do 'número dois' da embaixada dos Estados Unidos em Moscovo também este mês, revelou hoje fonte do Departamento de Estado.

EUA respondem a Moscovo e expulsam segunda autoridade diplomática russa
Notícias ao Minuto

21:30 - 24/02/22 por Lusa

Mundo Washington

Esta expulsão não está relacionada diretamente com a invasão russa à Ucrânia e faz parte de uma longa disputa entre Washington e Moscovo sobre pessoal diplomático, noticia a agência Associated Press (AP).

A mesma fonte explicou que o Departamento de Estado norte-americano informou a embaixada da Rússia na quarta-feira da decisão em expulsar Sergey Trepelkov, atualmente o número dois da missão diplomática russa nos Estados Unidos, liderada por Anatoly Antonov.

O funcionário disse que o Departamento de Estado informou a Embaixada da Rússia na quarta-feira de que expulsou o ministro conselheiro Sergey Trepelkov, que ocupa atualmente a segunda posição na missão do embaixador Anatoly Antonov. A Rússia expulsou de Moscovo o vice-chefe da missão dos EUA, Bart Gorman, em meados deste mês.

O funcionário, que não está autorizado a discutir a expulsão antes de um anúncio formal e que falou sob condição de anonimato, afirmou que a medida foi tomada "como uma resposta direta à expulsão russa não provocada de vice-chefe de missão" norte-americana.

Apesar dos conflitos nas relações devido à situação atual na Ucrânia, o funcionário disse que os EUA ainda acreditam que é importante manter contatos diplomáticos "para facilitar a comunicação entre os governos". Mas, a fonte acrescentou que ações como a expulsão de Gorman não ficariam "sem resposta".

Além das tensões sobre a Ucrânia, os Estados Unidos e a Rússia travam uma batalha direta sobre pessoal diplomático em ambos os países desde o início de 2017, quando o Governo de Barack Obama ordenou o encerramento de várias missões diplomáticas russas nos Estados Unidos e expulsou vários diplomatas russos devido à interferência de Moscovo nas eleições presidenciais de 2016. A Rússia respondeu com medidas recíprocas e a situação tem-se agravado desde então.

Rússia tinha expulsado vice-chefe da missão diplomática norte-americana 

A Rússia tinha expulsado, em meados de fevereiro, o vice-chefe da missão diplomática norte-americana em Moscovo, Bart Gorman.

A decisão de Washington é "uma resposta direta à expulsão russa não provocada do número dois da missão diplomática em Moscovo", acrescentou a mesma fonte à AP.

Apesar das relações entre as duas potências estar em queda, devido à crise ucraniana, a fonte do Departamento de Estado sublinhou que os EUA acreditam que é importante manter contactos diplomáticos "para facilitar a comunicação entre nossos governos".

Estados Unidos e a Rússia têm travado uma batalha direita sobre pessoal diplomático desde início de 2017, quando o governo de Barack Obama determinou o encerramento de várias missões diplomáticas russas nos Estados Unidos e expulsou vários diplomatas russos, com base na interferência de Moscovo nas eleições presidenciais de 2016.

Na altura, Moscovo respondeu com medidas recíprocas e a situação tem-se agravado desde então.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Leia Também: EUA anunciam nova ronda de sanções. "Putin escolheu esta guerra"

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