Conselho de Segurança da ONU vota condenação da Rússia esta sexta-feira

Os Estados Unidos e a Albânia solicitaram para esta sexta-feira a votação, no Conselho de Segurança da ONU, do projeto de resolução para condenar a Rússia pelos ataques na Ucrânia e exigir a retirada das tropas russas.

Notícia

© iStock

Lusa
25/02/2022 00:07 ‧ 25/02/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Segundo revelaram à agência France Presse (AFP) fontes diplomáticas, o projeto de resolução está fadado ao fracasso, devido ao direito de veto que a Rússia tem no Conselho de Segurança, enquanto membro permanente.

Mas para Washington, o uso desse veto pelos russos no Conselho de Segurança da ONU, marcado para as 20:00 de sexta-feira, demonstrará "o isolamento de Moscovo" no cenário internacional.

A votação de um texto semelhante deverá ocorrer na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde as resoluções não são vinculativas e onde o direito de veto não existe entre seus 193 membros.

Segundo a resolução, divulgada pela AFP, o Conselho condenaria "nos termos mais duros possíveis a agressão da Rússia" e as violações à soberania e integridade territorial da Ucrânia e exigiria "que a Federação Russa retire, de forma imediata, completa e incondicional, as suas forças".

Este cenário já ocorreu após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. Moscovo vetou o projeto no Conselho de Segurança, enquanto a China se absteve e os outros 13 membros votaram a favor.

Depois, na Assembleia Geral, dos 193 membros, o projeto de resolução obteve 100 votos a favor, com 11 países a votarem contra e 58 a absterem-se, enquanto os restantes não participaram na votação.

Segundo a fonte diplomática europeia, a grande diferença face a 2014 é a "magnitude" da situação atual.

"Existe o risco de um grande conflito, de uma grande guerra. O pior cenário é o de uma espécie de operação militar, do tipo Segunda Guerra Mundial, que naturalmente causaria muitas baixas civis", alertou o diplomata.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Leia Também: MNE da UE reúnem-se na sexta-feira em Bruxelas para adotar sanções

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas