"Gostaríamos muito que a China conversasse com [o Presidente russo, Vladimir] Putin e lhe explicasse que é inapropriado no século XXI fazer este massacre na Europa", disse Sergiy Korsunsky, numa conferência de imprensa, em Tóquio.
A China não criticou a Rússia pela operação militar na Ucrânia, tendo atacado verbalmente Washington e aliados.
"Acredito que a China pode desempenhar um papel muito mais ativo para trabalhar com Putin de uma forma que esperamos que os países civilizados façam", sublinhou.
Korsunsky pediu também o apoio dos Estados Unidos e dos aliados para fornecer equipamento de defesa antimísseis, para combater os ataques russos com mísseis de cruzeiro.
O diplomata reiterou a vontade da Ucrânia de aderir à NATO e pediu o apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte na resolução deste conflito.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
Putin disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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