Num discurso televisivo dirigido à nação, Volodymyr Zelensky elogiou ainda o "heroísmo" ucraniano face ao avanço russo.
"A Rússia terá de falar connosco, mais cedo ou mais tarde. Para falar sobre como parar os combates e travar a invasão. Quanto mais cedo esta conversa começar, menores serão as perdas para a própria Rússia", defendeu.
O governante afirmou ainda que os defensores do país frustraram os planos operacionais da invasão russa no primeiro dia.
"Os nossos rapazes e raparigas, todos os defensores da Ucrânia, não permitiram que o inimigo executasse o plano operacional da invasão no primeiro dia", disse o chefe de Estado, que salientou que na maioria das direções o avanço das tropas russas foi travado e os combates prosseguem.
As forças russas "começaram a bombardear áreas civis. Isto faz-nos lembrar [a ofensiva nazi em] 1941", disse Zelensky, num vídeo publicado nas redes sociais, pronunciando a frase em russo.
Moscovo lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU.
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