Zelensky saúda exclusão de alguns bancos russos do sistema Swift
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje o acordo alcançado para bloquear o sistema internacional de comunicações bancárias Swift a alguns bancos russos, como retaliação à invasão da Ucrânia.
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Mundo Ucrânia
"Parece que a Ucrânia ganhou a abertura e a atenção de todo o mundo normal e civilizado. E o resultado prático: aqui está, Swift. Quanto significado tem esta palavra para a Federação Russa! [Significa] um corte de ligações com a civilização financeira global", disse Zelensky num novo vídeo.
Os líderes da Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos emitiram no sábado à noite uma declaração conjunta em que se comprometem a retirar "certos" bancos russos deste sistema.
A medida "garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudicará a sua capacidade de operar globalmente", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"Os nossos diplomatas lutaram 24 horas por dia para inspirar todos os países europeus a concordar com uma decisão muito forte e justa de bloquear a Rússia da rede interbancária internacional", disse Zelensky.
"Temos esta importante vitória", acrescentou, que significará "milhares de milhões em perdas para a Rússia".
Zelensky acrescentou que este é "um custo tangível para esta vil invasão [russa] da Ucrânia."
O sistema financeiro Swift (Society for Worldwide Interbank Financial Communications) movimenta diariamente muitos biliões de dólares em mais de 11.000 bancos e outras instituições financeiras em todo o mundo.
Ao anunciar as medidas em Bruxelas, Ursula von der Leyen disse que vai pressionar os Estados-membros também a "paralisar os ativos do Banco Central da Rússia" para que as suas transações sejam congeladas.
Os aliados anunciaram ainda o compromisso de tomarem medidas para travar os vistos 'gold' e a formação esta semana de uma 'task-force' transatlântica para garantir que essas e outras sanções à Rússia sejam implementadas de forma eficaz através de partilha de informações e congelamento de ativos russos.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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