Papa apela ao "silêncio das armas" e diz-se de "coração ferido"
O Papa Francisco apelou hoje ao "silêncio das armas" na Ucrânia, dizendo que o seu coração está "ferido pelo que está a acontecer" no país invadido pela Rússia.
© Grzegorz Galazka/Archivio Grzegorz Galazka/Mondadori Portfolio via Getty Images
Mundo Ucrânia
O Papa disse estar "com o coração partido pelo que está a acontecer" no país, que foi invadido pela Rússia, e apelou ao "silêncio das armas" após a sua tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro.
"Deus está com aqueles que procuram a paz, não com aqueles que recorrem à violência", sublinhou o Papa, que já hoje apelou à comunidade internacional para abrir "com urgência" corredores humanitários para acolher os refugiados que fogem da Ucrânia e procuram refúgio da invasão russa, considerando que os "que fazem a guerra esquecem a humanidade".
Cerca de 368.000 refugiados fugiram dos combates na Ucrânia para os países vizinhos, desde a invasão russa desencadeada na quinta-feira, e o número continua a aumentar, indicaram hoje as Nações Unidas.
Este número "baseia-se nos dados fornecidos pelas autoridades nacionais", sublinhou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados num tweet.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortes, incluindo de civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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