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Papa apela ao "silêncio das armas" e diz-se de "coração ferido"

O Papa Francisco apelou hoje ao "silêncio das armas" na Ucrânia, dizendo que o seu coração está "ferido pelo que está a acontecer" no país invadido pela Rússia.

Papa apela ao "silêncio das armas" e diz-se de "coração ferido"
Notícias ao Minuto

12:28 - 27/02/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

O Papa disse estar "com o coração partido pelo que está a acontecer" no país, que foi invadido pela Rússia, e apelou ao "silêncio das armas" após a sua tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro.

"Deus está com aqueles que procuram a paz, não com aqueles que recorrem à violência", sublinhou o Papa, que já hoje apelou à comunidade internacional para abrir "com urgência" corredores humanitários para acolher os refugiados que fogem da Ucrânia e procuram refúgio da invasão russa, considerando que os "que fazem a guerra esquecem a humanidade".

Cerca de 368.000 refugiados fugiram dos combates na Ucrânia para os países vizinhos, desde a invasão russa desencadeada na quinta-feira, e o número continua a aumentar, indicaram hoje as Nações Unidas.

Este número "baseia-se nos dados fornecidos pelas autoridades nacionais", sublinhou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados num tweet.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortes, incluindo de civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: Papa Francisco apela para a abertura "urgente" de corredores humanitários

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