O diretor-geral, Rafael Grossi, "viajará até ao Irão para reuniões com as autoridades iranianas" e realizará uma conferência de imprensa quando regressar a Viena, na Áustria, no sábado à noite, disse o porta-voz.
O anúncio ocorre um dia depois de Grossi afirmar que a AIEA "nunca abandonará" os seus esforços para que o Irão dê esclarecimentos sobre a presença de material nuclear em locais não declarados no seu território.
Teerão pede o encerramento da investigação da AIEA para a conclusão de um acordo que salvaria o pacto celebrado em 2015 entre o Irão e os Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha. O pacto foi congelado desde a retirada unilateral dos Estados Unidos em maio de 2018.
O histórico documento previa o levantamento de parte das sanções aplicadas ao Irão em troca de uma redução drástica do seu programa nuclear, sob estrito controlo da ONU.
No decurso da presidência de Donald Trump, e após abandonarem unilateralmente o acordo, os Estados Unidos decidiram reforçar as sanções impostas ao Irão, que em resposta abandonou progressivamente os seus compromissos.
Os próximos dias são vistos como decisivos para as negociações em curso em Viena entre as grandes potências e o Irão.
Diplomatas retomaram as negociações em novembro passado, após uma pausa de vários meses. Os Estados Unidos participam indiretamente.
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