Oligarcas russos veem mega-iates ser apreendidos na Europa

Nem todos foram a tempo de retirar os seus iates de luxo da Europa.

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© Sabri Kesen/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto
03/03/2022 14:59 ‧ 03/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Face às sanções da União Europeia contra a Rússia, como consequência da invasão à Ucrânia, foram vários os oligarcas russos que começaram a mover os seus mega-iates para outras águas, como Montenegro e Maldivas. Contudo, nem todos conseguiram evitar a apreensão das suas embarcações de luxo.

Só esta quinta-feira, as autoridades alemãs apreenderam o iate Dilbar, do bilionário russo Alisher Usmanov, enquanto a França fez o mesmo a um iate pertencente a uma empresa ligada ao oligarca russo Igor Sechin, presidente do grupo petroleiro Rosneft. 

O Dilbar, avaliado em quase 600 milhões de dólares, cerca de 537 milhões de euros, é um dos bens mais valiosos de Usmanov. Considerado o maior iate a motor do mundo, com 15.917 toneladas, foi comprado em 2016 e estava, desde o final de outubro, nos estaleiros de Hamburgo, da empresa de construção naval Blohm+Voss, para uma operação de reforma.

Já o iate de Sechin, conhecido como um dos conselheiros mais próximos de Vladmir Putin, foi apreendido em França. De nome ‘Amore Vero’, tinha chegado ao porto de La Ciotat em janeiro e deveria sair no dia 1 de abril. 

Recorde-se que, perante as sanções anunciadas pela União Europeia contra a Rússia, que visam prejudicar financeiramente a elite russa, vários bilionários russos começaram a mover os seus jatos e iates privados. As sanções ameaçam também mansões ou até vagas para os filhos em grandes escolas europeias. Afetados, alguns oligarcas começam agora a falar, cuidadosamente, sobre a guerra, pedindo o fim da invasão.

É de realçar que Moscovo e Kyiv encontram-se hoje à mesa de negociações. A invasão russa à Ucrânia começou há exatamente uma semana, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. Até ao momento, Kyiv dá conta de mais 2.000 mortes de civis, incluindo crianças. Segundo a ONU, há cerca de um milhão de refugiados. 

Leia Também: Ucrânia: Oligarcas russos falam cautelosamente contra a guerra

 

 

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