"Temos o prazer de anunciar que a embaixada dos Estados Unidos em Havana iniciará a retomada limitada de alguns serviços de vistos para os migrantes, no âmbito do aumento faseado dos serviços da embaixada", declarou o diplomata, falando à imprensa em espanhol.
A expansão de tais serviços, que será acompanhada do regresso à ilha de um número mais elevado de diplomatas norte-americanos, terá como objetivo "facilitar o envolvimento diplomático, o envolvimento com a sociedade civil [cubana] e uma prestação mais ampla de serviços consulares", acrescentou, sem fornecer uma data precisa.
"Os serviços de vistos para os migrantes são uma forma segura e legal para a reunificação das famílias" separadas entre Cuba e os Estados Unidos, sublinhou.
O anúncio surge num momento em que, sob o efeito da pandemia e do reforço das sanções norte-americanas, Cuba atravessa a sua pior crise económica em 30 anos, levando muitos habitantes a tentar emigrar a qualquer custo, alguns por via marítima, mas a maioria via América Central, para alcançar a fronteira norte-americana.
Um êxodo complicado pelo encerramento do consulado em 2017, ordenado pelo então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devido a problemas de saúde batizados como "síndroma de Havana" que atingiram diplomatas colocados na ilha e que incluíam enxaquecas, vertigens, problemas de visão e de audição.
Para os cubanos, a obtenção de um visto para os Estados Unidos tornou-se, na altura, uma corrida de obstáculos, com a obrigatoriedade de passar por um país terceiro, a expensas próprias, para apresentarem o pedido.
"Enquanto trabalhamos para atingir esse objetivo, a embaixada em Georgetown, na Guiana, continuará a ser o local principal de tratamento dos pedidos de vistos dos migrantes cubanos", precisou hoje o encarregado de negócios norte-americano.
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