Cerca de 30.000 pessoas manifestam-se na Letónia contra invasão russa
Cerca de 30.000 pessoas concentraram-se hoje junto do monumento à Liberdade na capital da Letónia, Riga, dirigindo-se depois para a embaixada ucraniana, em solidariedade com a Ucrânia e para condenar a invasão do país pela Rússia.
© Lusa
Mundo Guerra na Ucrânia
Naquela que foi a maior manifestação em anos, com a participação de muitos jovens, que não viveram na época soviética do país báltico, as pessoas cantaram slogans de apoio à Ucrânia e empunharam cartazes em letão, inglês e russo a pedir o julgamento do Presidente russo, Vladimir Putin, como criminoso de guerra.
O Presidente da Letónia, Egil Levits, afirmou em frente da embaixada ucraniana que "o primeiro disparo na guerra foi o início do fim do regime de Putin".
"Toda a nação da Letónia está ao lado da Ucrânia, independentemente do idioma que se fale em casa", disse Egil Levits, numa referência a declarações oficiais recentes a condenar que se culpe todos os russos pela invasão da Ucrânia.
O responsável reconheceu, no entanto, que algumas pessoas na Letónia também foram enganadas pela narrativa russa sobre a guerra. "Deve-se falar calmamente com eles para os convencer de que se perderam na propaganda russa", disse.
O discurso do Presidente foi acompanhado por grupos de pessoas que cantavam "Putin para Haia", numa referência ao Tribunal Penal Internacional contra crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
O ex-Presidente estónio Toomas Ilves falou em inglês na manifestação, afirmando: "os ucranianos não estão só a lutar pelo seu próprio destino mas também pelo nosso direito à liberdade, se eles perdem todos perdemos".
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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