Diplomacias dos EUA e da China conversam sobre situação da guerra
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o seu homólogo chinês, Wang Yi, falaram hoje sobre a situação da guerra na Ucrânia, durante um telefonema em que Washington mais uma vez pressionou Pequim a ser mais crítica com a Rússia.
© Lusa
Mundo Guerra na Ucrânia
A China, por enquanto, tem evitado condenar a invasão russa da Ucrânia, tendo expressado oposição às sanções unilaterais impostas a Moscovo pelos Estados Unidos, União Europeia e outros países ocidentais.
O telefonema entre os dois chefes de diplomacia concentrou-se no conflito "premeditado" e "injustificado" provocado pela Rússia, disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price, num comunicado.
Blinken aproveitou a oportunidade para lembrar a Wang que "o mundo está atento para saber quais as nações que defendem os princípios básicos de liberdade, autodeterminação e soberania".
O secretário de Estado norte-americano também sublinhou que o mundo está a agir "em uníssono" para responder à agressão russa, procurando fazer com que Moscovo pague "um preço alto" pelas suas ações.
Pequim tem defendido a soberania territorial das nações, mas manteve uma posição ambígua em relação ao conflito na Ucrânia e absteve-se em duas votações de condenação à Rússia nas Nações Unidas, uma no Conselho de Segurança e outra na Assembleia-Geral.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a Organização das Nações Unidas, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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