Zelensky recebe promessa de mais ajuda militar dos EUA
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez hoje uma "súplica desesperada" aos senadores dos EUA para que enviem mais aviões, para combater a invasão russa, tendo recebido a promessa de mais ajuda militar.
© Lusa
Mundo Guerra na Ucrânia
Numa videoconferência com congressistas norte-americanos, Zelensky renovou o seu pedido de mais aviões de combate para contrariar o avanço das tropas russas na Ucrânia, e sugeriu ainda que os Estados Unidos deixem de comprar crude a Moscovo.
Como resposta, o Presidente ucraniano recebeu a promessa de que os EUA continuarão a ajudar Kiev, militar e financeiramente.
"Vamos libertar rapidamente 10 mil milhões de dólares (cerca de nove mil milhões de euros) para ajudar o povo ucraniano", disse o líder democrata do Senado, Chuck Schumer.
"Estamos unidos no apoio à Ucrânia", acrescentou o senador republicano Steve Daines, assegurando que o seu partido não colocará objeções aos planos da Casa Branca para continuar a ajudar a Ucrânia com material militar e com pacotes financeiros.
Zelensky pediu sanções económicas mais duras contra a Rússia, incluindo a proibição das importações de petróleo e gás russos e a suspensão dos cartões de crédito Visa e Mastercard na Rússia.
O Presidente ucraniano aproveitou a videoconferência com congressistas norte-americanos para fazer pedir ajuda a convencer países do Leste Europeu que lhe forneçam "aviões fabricados na Rússia", de acordo com o relato de Chuck Schumer.
No domingo passado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, já tinha prometido que os estados da UE estariam prontos para entregar aviões de combate MiG, de produção russa, que os pilotos ucranianos sabem pilotar.
Contudo, os países que possuem esse tipo de aeronaves de combate - incluindo Bulgária, Polónia ou Eslováquia -- têm revelado resistências na sua disponibilização.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo
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