"O presidente da câmara da cidade de Gostomel, Yuri Illich Prylipko, morreu enquanto distribuía pão e medicamentos aos doentes e confortava os feridos", disse o conselho municipal numa declaração publicada na rede social Facebook, citada pela agência francesa AFP.
Gostomel situa-se a cerca de 25 quilómetros a noroeste da capital ucraniana, Kiev, e acolhe uma base militar no aeroporto Antonov, que tem sido um dos um dos epicentros dos combates desde o início da invasão russa.
O primeiro ataque das forças russas contra o aeroporto de Gostomel ocorreu em 25 de fevereiro, um dia após o início da invasão.
O conselho de Gostomel disse que Prylipko foi morto juntamente com duas pessoas.
"Ninguém o forçou a enfrentar as balas inimigas (...). Ele morreu pela comunidade, morreu por Gostomel, morreu como herói", disse o conselho na declaração sobre a morte do autarca, sem precisar a data em que ocorreu.
Já no domingo, as forças russas bombardearam o aeroporto de Vinnytsia, 200 quilómetros a sudoeste de Kiev, provocando pelo menos nove mortos.
"Segunda-feira [hoje], às 05:00 [03:00 em Lisboa], 15 pessoas foram retiradas dos escombros. Nove pessoas estavam mortas: cinco civis e quatro soldados", disseram responsáveis pelo departamento governamental ucraniano responsável pelas situações de emergência.
"As buscas vão continuar", no sentido de se encontrarem mais vítimas, acrescenta o departamento na nota divulgada na rede social Telegram.
Ao 12.º dia de combates na Ucrânia, desconhece-se o número exato de mortos e feridos, tanto militares como civis, que poderão ser da ordem dos milhares, segundo diversas fontes.
O conflito também provocou 1,7 milhões de refugiados, naquela que é a crise do género na Europa com o crescimento mais rápido desde a Segunda Guerra Mundial, segundo a ONU.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas contra Moscovo.
A guerra na Ucrânia gerou uma onda popular de solidariedade para com o povo ucraniano, e de condenação da Rússia, em vários países do mundo, com destaque para os europeus.
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