Força francesa Barkhane não será transferida para o Níger
O general Laurent Michon, comandante da força francesa Barkhane, garantiu hoje em Ouagadougou que não haverá "absolutamente nenhuma redistribuição" no Níger desta força que está em processo de retirada do Mali.
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Mundo Mali
O general Laurent Michon, comandante da força francesa Barkhane, garantiu hoje em Ouagadougou que não haverá "absolutamente nenhuma redistribuição" no Níger desta força que está em processo de retirada do Mali.
"A retirada da Barkhane não é para se reposicionar no Níger, mas sim de sair do Mali", afirmou oficial francês, em conferência de imprensa.
"Não há absolutamente nenhuma redistribuição ou reposicionamento da Barkhane no Níger", reforçou.
A França manterá neste país "a base aérea no seu sistema atual, nem mais, nem menos", acrescentou.
No entanto, antecipou, um dispositivo poderá mais tarde "ser adaptado ao Níger a pedido das autoridades militares nigerinas (...) assim que a aprovação política para esse apoio for obtida".
O chefe da força Barkhane anunciou ainda que, além dos soldados franceses presentes no Mali, "os contingentes italianos e suecos vão regressar à Europa".
Relativamente à retirada da Barkhane do Mali, o general francês assegurou que tal "vai acontecer em coordenação com o Estado-maior maliano, com o objetivo de fazê-lo o mais rápido possível, mas evitando um vazio de segurança" e haver a "certeza" de que as forças armadas do Mali "ocuparão os postos de Gao, Menaka e Gossi", onde a força Barkhane está presente.
"O futuro da Barkhane será construído com as capitais africanas que o desejarem, numa área que será alargada com o golfo da Guiné", disse.
"Vamos continuar a luta com os países que querem o nosso apoio. Queremos continuar a apoiar as forças armadas, a Minusma [missão da ONU no Mali], a força do G5 [Sahel], fornecendo apoio aéreo ou qualquer outro meio, para suas missões", detalhou.
Segundo o general Laurent Michon, o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua em vários países do Sahel, "está em processo de recomposição", e "se nada for feito a ameaça voltará a aumentar de novo".
Cerca de 2.400 soldados franceses estão destacados no Mali, de um total de 4.600 no Sahel.
Em 17 de fevereiro, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a retirada "devido às múltiplas obstruções das autoridades de transição malianas", designadamente a junta militar que subiu ao poder por via de um golpe de Estado em 2020 e com quem as relações com Paris se degradaram.
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