De acordo com o diário The New York Times, que citou responsáveis que pediram o anonimato, a Rússia pediu à China equipamentos militares para a guerra, e uma ajuda económica para ultrapassar as sanções ocidentais.
As mesmas fontes não indicaram a natureza exata da ajuda pedida, nem se a China respondeu.
"Nunca ouvi falar disso", reagiu um porta-voz da embaixada da China, em Washington, numa declaração a vários órgãos de comunicação social.
A notícia surgiu na véspera de uma reunião, em Roma, entre o conselheiro para a segurança do Presidente dos Estados Unidos Jake Sullivan e o responsável do Partido Comunista Chinês para as questões diplomáticas, Yang Jiechi.
Os dois responsáveis e respetivas equipas "vão analisar os esforços em curso para gerir a concorrência entre os dois países e também debater o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e mundial", disse, em comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca Emily Horne.
Também no domingo, em declarações à cadeia de televisão CNN, Jake Sullivan salientou que os EUA "vigiam estreitamente em que medida a China fornece, de alguma maneira, seja material ou económica, assistência à Rússia".
"Esta é uma questão preocupante para nós", acrescentou.
Sullivan insistiu que Washington "fez saber a Pequim que não ficará passivo e não deixará qualquer país compensar as perdas da Rússia devidas às sanções económicas", impostas desde o início da invasão russa da Ucrânia.
"Haverá, sem dúvida, consequências em caso de ações importantes que visem contornar as sanções", advertiu Jake Sullivan.
Desde o início da invasão que o regime comunista chinês se absteve de pedir ao Presidente russo, Vladimir Putin, para retirar as tropas da Ucrânia.
O diplomata norte-americano Richard Haass, do 'think-tank' Conselho de Relações Estrangeiras, indicou, numa mensagem na rede social Twitter qu,e se a China ajudar a Rússia, ficará "exposta a sanções substanciais e transformada num pária; recusar manteria aberta a possibilidade de uma cooperação" com o Ocidente.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.