Lituânia apoia proposta polaca de envio de tropas de paz

O Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, manifestou hoje apoio ao envio de tropas de paz para a Ucrânia, em sintonia com a proposta avançada na terça-feira pela Polónia, com o objetivo de garantir corredores humanitários.

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Lusa
16/03/2022 14:29 ‧ 16/03/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Devemos estar abertos a essas propostas, mesmo que pareçam difíceis à primeira vista", disse Nauseda, que se dispôs a organizar uma nova visita de líderes ocidentais à Ucrânia, como a realizada pelos primeiros-ministros da Polónia, República Checa e Eslováquia, que na terça-feira viajaram até Kiev para demonstrar solidariedade ao Presidente Volodymyr Zelensky.

A delegação polaca integrava o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, bem como o vice-primeiro-ministro e líder do partido no poder, Lei e Justiça (PiS), Jaroslaw Kaczinsky, que propôs a intervenção de tropas de paz na Ucrânia.

Gitanas Nauseda também se juntou ao apelo de Morawiecki a favor de que seja oferecida à Ucrânia uma perspetiva rápida na candidatura de adesão à União Europeia (UE), embora tenha admitido que isso requer "superar os restos de ceticismo" que a possibilidade suscita em parte do bloco de 27 países.

Morawiecki, Kaczinsky e os chefes de Governo esloveno e checo, Janez Jansa e Pietr Fiala, respetivamente, já regressaram à Polónia após a longa viagem de comboio a Kiev.

Pelo seu lado, após se encontrar com Zelensky, Kaczynski pediu a criação de uma "missão de paz da NATO ou um sistema internacional mais amplo" na Ucrânia, alegando que, "além de solidariedade e reconhecimento, é preciso coragem internacional".

Segundo fontes polacas, a delegação representava, "de facto, a UE" e tinha "o consenso do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen", além de ter estado articulada com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e representantes do Governo dos Estados Unidos.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Kremlin quer "compromisso" de Ucrânia desmilitarizada, mas Kyiv rejeita

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