A agência da ONU sublinhou que estes são os números dos casos já confirmados, mas que o número real de vítimas da invasão russa da Ucrânia deverá ser muito superior.
Entre os mortos, há pelo menos 104 mulheres e 52 crianças, ao passo que no balanço de feridos foram contabilizadas pelo menos 77 mulheres e 63 menores de idade, segundo os números diariamente atualizados pelo organismo dirigido por Michelle Bachelet.
Nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk (tanto em zonas pró-russas como controladas pelas autoridades ucranianas), foram confirmadas 186 mortes, e as outras 540 foram-no em áreas sob o controlo de Kiev no resto da Ucrânia, incluindo a capital e cidades como Kherson, Mikolaiv, Odessa, Sumy, Zaporiyia, Dnipropetrovsk e Kharkiv.
O Alto-Comissariado teme que ataques noutras zonas que ainda não puderam ser verificados, entre os quais os ocorridos em cidades cercadas como Izium, Mariupol e Volnovakha, possam ter feito centenas de baixas.
A maioria das vítimas morreu ou sofreu ferimentos em ataques com engenhos explosivos de grande alcance, incluindo bombardeamentos com artilharia pesada e sistemas múltiplos de lançamento de 'rockets', salientou o organismo da ONU.
O direito internacional considera crimes de guerra os ataques militares indiscriminados a alvos civis como edifícios residenciais, escolas ou estabelecimentos de saúde.
A 04 de março, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução para criar uma comissão de investigação das possíveis violações do direito internacional cometidas pela Rússia na sua agressão à Ucrânia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
Leia Também: Tropas russas matam pelo menos dez civis na fila do pão em Chernihiv