Chanceler alemão responsabiliza Putin por "soldados russos mortos"

O chanceler alemão, Olaf Scholz, responsabilizou hoje o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelo sofrimento que a guerra está a provocar aos ucranianos, mas também pela morte de militares russos nos combates em curso na Ucrânia.

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Lusa
17/03/2022 13:59 ‧ 17/03/2022 por Lusa

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Guerra

 

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"Qualquer um na Rússia deve saber que a guerra de Putin é responsável pela morte de soldados russos na Ucrânia", declarou Scholz, durante uma conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, na capital alemã, Berlim.

Ao lado de Stoltenberg, o chefe do Governo da Alemanha voltou a rejeitar a intervenção de tropas da NATO na Ucrânia, sustentando que essa decisão faria com que a Aliança Atlântica se tornasse "parte do conflito" e a intenção é evitar "uma extensão" da guerra a outros países.

Em consonância com o chanceler alemão, o secretário-geral da NATO reafirmou que esta é a linha de pensamento da maioria dos Estados-membros da organização: "É uma responsabilidade nossa evitar uma escalada do conflito, que seria ainda mais dolorosa e provocaria mais mortes, destruição e sofrimento".

Stoltenberg elogiou também o compromisso da Alemanha e de outros países pertencentes à NATO de reforçar os esforços de modernização das respetivas Forças Armadas.

A Alemanha, por exemplo, vai canalizar uma verba de 100.000 milhões de euros para a modernização do seu Exército e vai aumentar o investimento anual em Defesa para mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de pelo menos 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Leia Também: Scholz entende que seja Ucrânia a decidir o que aceitar nas negociações

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